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Rali de fim de ano: Ômicron será gatilho para a Bolsa?

07 dez 2021, 15:29 - atualizado em 07 dez 2021, 15:29
Mercados XP Inc.
Principal temor dos investidores era se a ômicron seria capaz de causar novos lockdowns (Imagem: LinkedIn/ XP Inc.)

O tradicional rali de fim de ano ainda tem chances de rolar na Bolsa brasileira? Se depender do que os cientistas já descobriram até agora sobre a variante ômicron do novo coronavírus, é possível que a maré de alta do Ibovespa (IBOV) continue, segundo economistas ouvidos pelo Money Times.

Nesta terça-feira (7), o principal índice do mercado acionário brasileiro segue acompanhando a onda global de otimismo, à medida que cientistas que acompanham a situação na África do Sul chegaram às primeiras conclusões de que a ômicron não é tão preocupante quanto se imaginava.

“Há alguns dias, os mercados já têm precificado uma variante menos agressiva”, afirma Pedro Serra, gerente de Research da Ativa Investimentos.

Segundo ele, o principal temor dos investidores era se a ômicron seria capaz de causar novos lockdowns, trazendo novas restrições à circulação de pessoas e atrapalhando a atividade econômica.

Conforme os cientistas ficam mais confiantes em relação à nova cepa, dados novos mostram que o remédio da GSK-Vir funciona contra todas mutações da ômicron e a vacina CoronaVac tem funcionado contra a cepa. As apostas dos mercados em novas quarentenas cai, ajudando, por exemplo, no movimento de recuperação do Ibovespa. Só no acumulado de dezembro, o índice saltou em torno de 6%.

“Além do alívio com a variante se mostrando mais branda, parte da alta da Bolsa se deve ao fechamento da curva de juros”, explica Leonardo Milane, sócio e economista da VLGI.

Milane afirma que existe um consenso no mercado de que o Banco Central não deve elevar tanto os juros para não penalizar a retomada da atividade econômica no Brasil, que está em quadro de recessão técnica.

Alívio

Ações de companhias aéreas e de empresas ligadas ao turismo, como Azul (AZUL4), Gol (GOLL4) e CVC Brasil (CVCB3), podem ter um gatilho de alta nesta virada de ano, caso as notícias em torno da variante ômicron permaneçam positivas.

“Tais setores são bastante voláteis e já sofreram com o estresse de eventuais novas restrições. Mas, uma vez tirado o peso da ômicron, ainda resta saber se o crescimento econômico vai vingar”, conclui Serra, da Ativa.

O economista da VLGI também espera que ações do turismo tenham reação positiva, indicando alívio aos setores de varejo, shoppings e serviços.

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