Rali da Suzano ainda tem fôlego para mais 19% de alta para ação

A Mirae vê os papéis da Suzano (SUZB3) com fôlego para crescer 19% até o final de 2020, mostra relatório enviado a clientes nesta terça-feira (18).

A corretora manteve a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 60, após a empresa reportar um prejuízo de R$ 2 bilhões no segundo trimestre.

“A Suzano divulgou sólido resultado, superando as expectativas. Apesar do preço da celulose ainda estar fraco, a empresa conseguiu realizar um expressivo crescimento de suas vendas físicas de celulose, o que associado a um dólar elevado favoreceu o faturamento do trimestre”, argumentou.

Porém, a corretora destaca que no segmento de papel, o desempenho no Brasil ainda se mostrou prejudicado pela conjuntura econômica e pelo impacto da Covid-19.

“A crise econômica mundial que surgiu com a pandemia do coronavírus, aponta para um quadro ainda nebuloso para demanda e preços internacionais para celulose, mas aguardamos que a partir do terceiro trimestre ocorra melhora da demanda mundial de seus produto”, informou.

As vendas de celulose atingiram 2,8 milhões de toneladas, 25% sobre o ano passado, o que pode ser relacionado a maior demanda de papel para higiene, com o isolamento da população com a pandemia.

“Uma boa gestão do custo caixa levaram o Ebitda ajustado para R$ 4,2 bilhões, alta de 35% e que veio acima do esperado pelos analistas”, mostra trecho do relatório.

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Compre as ações da Suzano e da Klabin para ganhar com a retomada

Em relatório publicado na noite da última segunda-feira (17), a XP Investimentos reiterou a perspectiva positiva para os preços de celulose no longo prazo. Para a corretora, a recuperação da China e das margens dos fabricantes de papel podem dar um novo impulso aos valores da commoditie.

“Os principais riscos estão relacionados à resposta da demanda chinesa ao estímulo do governo e à volatilidade da taxa de câmbio“, alerta o analista de research Yuri Pereira.

A corretora espera o preço da celulose de fibra curta para 2021 fique na média de US$ 515 por tonelada, contra aproximadamente US$ 430 por tonelada atualmente.

Quanto às ações da Klabin (KLBN11) e da Suzano, todo esse cenário de retomada é muito bem-vindo na avaliação da XP.

A corretora aumentou o preço-alvo da Klabin para R$ 32 por ação devido às vendas saudáveis ​​de celulose e papel, apesar das preocupações relacionadas aos possíveis impactos da Covid-19 e a um dólar mais alto, cotado a R$ 5,30 em 2020.