Raízen (RAIZ4): XP prevê melhora, mas não se empolga; confira prévia do 3T24
A XP Investimentos prevê resultados melhores para a Raízen (RAIZ4) no terceiro trimestre da safra 2023/2024 (3T24), ainda que não sejam entusiasmantes.
Segundo a corretora, as margens de Mobilidade Brasil devem diminuir sequencialmente, embora ainda fortes. Elas devem refletir a melhoria da dinâmica de oferta e demanda e a estratégia de fornecimento assertiva da companhia.
Além disso, a XP projeta que as margens de Mobilidade Internacional sejam mais robustas, uma vez que as recentes atualizações políticas na Argentina permitiram o repasse dos custos pela Raízen.
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Para o açúcar, a instituição espera margens fortes devido aos preços mais elevados e ao aumento da produtividade. Do lado negativo, a XP projeta que o setor de renováveis apresentem margens fracas devido aos preços mais baixos do etanol.
No total, a XP projeta um Ebitda ajustado de R$ 3,6 bilhões no trimestre, com alta anual de 26% e queda trimestral de 6%. A receita e o lucro líquidos devem ser de R$ 58,3 bilhões e R$ 168 milhões, respectivamente.
“Com muitas partes móveis, a instituição vê espaço limitado para qualquer reação nas ações sobre os resultados”, avaliam.
A recomendação da corretora para RAIZ4 segue sendo compra, com preço-alvo de R$ 6,00 e potencial de alta de 58%.
Açúcar, etanol e recomendação para Raízen
O foco da Raízen no abastecimento de combustível da Petrobras (PETR4) no primeiro trimestre da safra 2023/2024 (1T24) levou a companhia a ter um desempenho abaixo dos pares e reportar resultados ruins, uma vez que não conseguiu originar combustível a preços competitivos.
No entanto, as condições de mercado melhoraram e a estratégia da companhia de focar no fornecimento da estatal se mostrou assertiva.
Com isso, os analistas projetam outro trimestre sólido na Mobilidade Brasil com Ebitda ajustado de R$ 186/m³ — frente a R$ 190/m³ no 2T24. Isso deve levar a um lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização ajustado de R$ 1,3 bilhão, queda trimestral de 8%.
Já as operações de açúcar, devem reportar uma sólida margem Ebitda ajustada de 15,3%, traduzindo-se em um Ebitda ajustado de R$ 1,2 bilhão, alta de 3%. O número deve ser impulsionado por preços mais altos e melhor produtividade agrícola.
Do lado negativo, a queda nos preços do etanol, juntamente com menores volumes, deve levar a uma margem Ebitda ajustada fraca de 6,3%, levando a um Ebitda ajustado de R$ 500 milhões, 41% menor.
No entanto, a XP destaca que a estratégia de adiar as vendas de etanol pode ser assertiva, uma vez que números encorajadores estão vindo dos preços, que subiram cerca de 12% em janeiro. Ainda assim, eles preferem esperar para ver, já que as perspectivas para o biocombustível têm sido decepcionantes.