Raízen (RAIZ4): XP prevê efeitos negativos no 4T23 com mudança de impostos dos combustíveis; ainda vale comprar?
Na avaliação da XP Investimentos, a Raízen (RAIZ4) deve apresentar efeitos negativos das mudanças de impostos dos combustíveis e variações de preços nos estoques da companhia no quarto trimestre do ano-safra 2022/2023 (4T23).
Devido às melhorias em Renováveis e Açúcar e a um efeito não recorrente relacionado a créditos fiscais, por conta das mudanças nos impostos sobre combustíveis em 2022, a corretora projeta que a Raízen reporte um Ebitda ajustado de R$ 3,3 bilhões, levando o Ebitda ajustado de 2022/2023 para R$ 12,3 bilhões (incluindo os efeitos da parada na refinaria argentina).
Ainda assim, a XP acredita que a Raízen merece uma leitura completa, pois espera que a empresa apresente resultados decentes em um ano muito difícil e com fortes efeitos não recorrentes, além de uma forte geração de caixa que deve levar a dívida líquida para R$ 21,5 bilhões (DFL/Ebitda de 1,7x), melhorando a estrutura de capital da empresa para suportar o crescimento esperado para os próximos anos.
A recomendação da XP Investimentos para Raízen (RAIZ4) é de compra, com preço-alvo de R$ 7,10 e potencial de alta de 134%.
Recuperação em Renováveis e Açúcar
Apesar de um momento difícil no 4T23 e preços mais baixos para o etanol, a corretora prevê uma sólida recuperação das margens em uma base de comparação fácil, o que deve levar o Ebitda para R$ 1,1 bilhão, avanço de 105% ano a ano.
Além disso, a XP projeta uma recuperação sólida para a operação de Açúcar, apesar das margens ainda serem afetadas negativamente pelos rendimentos mais baixos e pelo aumento dos custos.
Para a operação de Açúcar, a corretora projeta Ebitda ajustado de R$ 623 milhões (contra R$ 174 milhões no 4T22).