Raízen (RAIZ4): XP espera lucro, enquanto Safra projeta prejuízo bilionário no 3T25; o que fazer com as ações?
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A Raízen (RAIZ4) reporta na próximas sexta-feira (14) seus resultados referentes ao terceiro trimestre da safra 2024/2025 (3T25), encerrado em dezembro de 24.
Para o Safra, a empresa deve reportar resultados consolidados sequencialmente mais fracos, além de números pouco inspiradores em seus principais segmentos. Ainda assim, o banco recomenda compra e preço-alvo de R$ 5,60 (potencial de alta de 216%).
Os analistas esperam que a Raízen registre um prejuízo líquido de R$ 1,7 bilhão, refletindo a queda nos resultados operacionais e a maior perda financeira líquida em flutuações cambiais.
Para eles, o segmento agroindustrial terá números fracos devido ao impacto do clima seco e incêndios florestais, que afetaram a safra durante a colheita.
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“Esperamos que a Raízen registre um Ebitda ajustado consolidado de R$ 3 bilhões, queda de 18% no comparativo trimestral, rendendo uma margem de 4,5%”, explicam Conrado Vegner e Vinícius Andrade.
RAIZ4: XP espera resultados decentes no 3T25
A XP Investimentos espera que a Raízen apresente resultados decentes para o 3T25, embora em queda devido a comparações difíceis.
Para os analistas, o destaque negativo deve ficar para o açúcar, com volumes menores devido à disponibilidade de produto, embora as margens permaneçam saudáveis devido aos preços favoráveis.
Por outro lado, a XP antecipa que os resultados de Renováveis continuarão a se recuperar, enquanto esperam que Mobilidade mantenha a lucratividade dado o ambiente competitivo mais saudável e a proposta de valor da Raízen. Os analistas recomendam compra e preço-alvo de R$ 4,40 (potencial de alta de 143,09%).
No geral, eles projetam um crescimento de 3% no comparativo anual para receita líquida, que deve ficar em R$ 60,3 bilhões. Já o Ebitda ajustado deve recuar 24% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado. O lucro líquido deve cair 30% ante o 3T24, para R$ 548 milhões.
Mercado de distribuidores
Segundo o Safra, os distribuidores de combustíveis, como é o caso de Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3), reportarão um desempenho fraco, com volumes e margens caindo trimestralmente.
O ambiente desfavorável foi criado por um pico atrasado na demanda da safra, que atendeu a um mercado bem abastecido, e por preços mais altos de biodiesel, que não foram repassados ao consumidor final e abriram caminho para práticas competitivas desleais.
“Esperamos que a Vibra reporte a maior margem unitária em R$ 141/m³, seguida de perto pela Ipiranga em R$ 140/m³ e depois pela Raízen (R$ 135/m³)”.