Raízen (RAIZ4) vive ciclo de investimentos, mas geração de caixa ainda é prioridade máxima, diz CFO
Apesar do momento atual de ciclo de investimentos, a geração de caixa continua sendo prioridade para a Raízen (RAIZ4), comentou o diretor financeiro Carlos Moura no Raízen Day, evento realizado pela companhia de energia no Hotel Unique, em São Paulo, e que trouxe balanços dos últimos anos da companhia e perspectivas para o futuro.
“2023/2024 marca um ano de alocação recorde de recursos e, apesar de estarmos em um momento de ciclo de investimentos, temos a geração de caixa como prioridade máxima na gestão de capital”, disse.
Na visão do CFO da Raízen, a empresa conseguiu “navegar” em meio a um ciclo econômico desafiador.
“Nós temos uma dívida líquida ajustada alinhada ao tamanho do nosso balanço, com alavancagem de 1,3x o Ebitda e uma dívida que cresceu para R$ 20,4 bilhões em 2022/2023, um avanço atrelado à expansão de negócios e implementação de novas estratégias que naturalmente modificam a estrutura de capital da Raízen”, afirmou o executivo.
Entre os fatores de destaque do novo ciclo, Moura mencionou as projeções de melhora na produtividade agrícola, a expansão da comercialização via exportação e o ciclo favorável de preços e moagem de 80 milhões de toneladas de cana.
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Guidance
Durante o evento, a Raízen apresentou uma projeção de queda na ordem de 8% para o Ebitda ajustado da companhia na safra 2023/2024 na comparação com o último ciclo, com o indicador entre R$ 13,5 bilhões e R$ 14,5 bilhões.
Para o capex da companhia, no entanto, a projeção é de alta, na ordem de 19%, ficando entre R$ 13 bilhões e R$ 14 bilhões.
Ainda, a Raízen prevê a entrega de uma nova de etanol de segunda energia (E2G), que deve ser entregue no segundo semestre de 2023, no Parque de Bioenergia Bonfim, localizado em Guariba (SP).