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Poço de Lobato: Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam com nova megaoperação contra fraudes em combustíveis  

27 nov 2025, 12:17 - atualizado em 27 nov 2025, 12:17
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(Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

As ações da distribuidoras de combustíveis operam entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV) nesta quinta-feira (27), em dia de liquidez reduzida no mercado acionário doméstico.  

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Por volta de 11h50 (horário de Brasília), os papéis de Raízen (RAIZ4) tinham avanço de 3,70%, a R$ 0,84, na liderança na ponta positiva do Ibovespa. Vibra Energia (VBBR3) figurava como a segunda maior alta do índice, com ganho de 2,08%, a R$ 24,57; e Ultrapar (UGPA3) subia 1,22%, a R$ 22,32. 

Os investidores reagem a nova megaoperação contra o Grupo Refit, dona da anrtiga refinaria de Manguinhos, no Rio de Janeiro, e outras dezenas de empresas do setor de combustíveís, que teriam causado um prejuízo de R$ 26 bilhões aos cofres públicos.  

No total, a Operação Poço de Lobato tem 190 alvos, incluindo pessoas físicas e empresas que estão direta ou indiretamente ligadas ao grupo, suspeitos de integrarem uma organização criminosa e de praticarem crimes contra as ordens econômica e tributária, além de lavagem de dinheiro.  

A operação tem esforços combinados da Receita Federal, Ministério Público de São Paulo, Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo, Secretaria Municipal da Fazenda de São Paulo, Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo e políticas Civil e Militar.  

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Vale lembrar que, em setembro, a Receita e a Agência Nacional do Petróleo (ANP) interditaram a Refit e apreenderam navios carregados de combustível importado irregularmente da Rússia.

E, assim como na Operação Carbono Oculto, que mostrou a infiltração do Primeiro Comando Capital (PCC) na cadeira de produção e distribuição de combustíveis, os investigadores identificaram o uso de fintechs e fundos de investimento no esquema.  

Para o Bradesco BBI, os ganhos recentes de participação das companhias de combustíveis estão ligados à agenda de combate à informalidade no setor, “podendo resultar em um novo patamar estrutural para o mercado”.  

“Caso essa tendência se consolide, vemos espaço para crescimento de volumes de grandes distribuidores acima da média do setor em 2026, após três anos de desempenho inferior”, afirmaram os analistas Vicente Falanga e Ricardo França, em relatório divulgado nesta quinta-feira (27).  

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Nas contas da dupla, o cenário deve elevar o múltiplo entre preço e lucro (P/L) – métrica usada para avaliar o preço de uma ação em relação ao seu lucro por ação  – de Vibra e Ultrapar ao nível próximo de 10 vezes no próximo ano, “abrindo margem para revisões positivas nas estimativas do mercado”.  

Os analistas, porém, destacam que a eventual retomada das operações da Refit é um dos principais riscos para o setor, gerando maior pressão sobre preços e margens. “No entanto, nossos contatos indicam que os esforços contra a informalidade estão se intensificando, reforçando nossa visão construtiva para o setor.” 

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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