Raízen (RAIZ4) responde se vai vender pacotão de R$ 1 bi em usinas
A Raízen (RAIZ4) foi questionada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) se vai colocar a venda um pacote de R$ 1 bilhão em usina.
No documento, enviado ao mercado na noite da última sexta, a empresa diz que está constantemente avaliando oportunidades de negócios e de alienação de ativos não estratégicos.
Além disso, confirmou que existem negociações em curso, porém não considera haver decisão ou fato relevante a ser divulgado ao mercado.
“A companhia vem seguindo uma estratégia de reciclagem do seu portfólio, com vistas a otimizar sua estrutura de ativos e reduzir o endividamento”, afirmou.
Na última quarta, o Valor Econômico informou que a companhia quer colocar a venda o pacote, que inclui usinas de pequeno porte nas fontes solar, pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e biogás.
Recentemente, também foi veiculada uma notícia de que a Raízen estaria estudando buscar um sócio para o seu negócio de etanol de segunda geração (E2G) e a venda da Oxxo, segundo apuração da Bloomberg Línea.
Raízen: Vendas são positivas
Em comentário, o Safra disse que a venda é positiva. Segundo o banco, são ativos non core (fora do negócio principal), mas com pouco efeito na alavancagem, caso haja de fato uma transação.
“A venda também permitiria a companhia focar em projetos estratégicos, como o E2G e no avanço da produtividade agrícola”.
A alavancagem atual da Raízen é de 2,6x, com uma dívida líquida de R$ 35,9 bilhões. “Portanto, a entrada líquida de caixa de R$ 1 bilhão terá pouco efeito na métrica de alavancagem”.
O negócio teria mais impacto para no incremento do Ebitda, que mede o resultado operacional, principalmente com as vendas de etanol no final da safra/entressafra, e redução do nível de investimento, com expectativa de cair 13% na comparação com a safra de 2023/2024.