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Raízen (RAIZ4): Queremos eletrificar nossas usinas e exportar energia de forma líquida para Europa, diz CEO

11 set 2024, 13:02 - atualizado em 11 set 2024, 14:41
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(Imagem: Raízen/Divulgação)

O CEO da Raízen (RAIZ4), Ricardo Mussa, destacou as vantagens da cana-de-açúcar para converter energia solar em biomassa, mas ressaltou que a energia da planta é pouco aproveitada.

O diretor executivo esteve presente no Bradesco BBI AgroSummit, em São Paulo, e participou do painel sobre biocombustíveis ao lado do CEO da Be8, Erasmo Battistella. O evento reúne autoridades e executivos do setor do agronegócio

“O setor, as usinas, quando desenvolviam uma colhedora, pensavam apenas no açúcar e não na energia. 1/3 da energia da cana está no caldo e  1/3 está no bagaço, que ainda é mal usado na geração de energia elétrica e gerar vapor para rodar uma usina. O outro 1/3 está na palha. O que fizemos na Raízen, a partir do E2G (etanol de segunda geração), é usar o bagaço para fazer o biocombustível”, explica.

A eletrificação das usinas da Raízen

Segundo Mussa, o E2G, por não competir com a produção de alimentos, conta com um prêmio na Europa, o que fez com que a Raízen entrasse em um mercado mais vantajoso. O CEO comenta que quase 100% do E2G da companhia tem o continente como destino.

“70% – 80% do bagaço da cana é usado dentro das usinas para rodar a operação. As usinas são um negócio antigo, rodando a vapor, sendo essa uma utilização pouco nobre. Hoje, se eu pudesse eletrificar a Raízen, eletrificar todo o parque industrial, seria 1,8x Itaipu de energia elétrica utilizada para destilar o etanol”.

Dessa forma, para o diretor executivo, o Brasil terá um excesso de energia elétrica a partir das energias solares e eólica, mas essas fontes não conseguem ser estocadas. Mussa ressalta que haverá uma integração cada vez maior no país entre o agronegócio e o setor energético.

“A minha visão é que nós temos que pegar essa biomassa do Brasil e transformar em um combustível líquido, para podermos assim exportar biomassa. O meu plano na Raízen é eletrificar o máximo que eu puder, eletrificando o meu processo produtivo, sobrará mais biomassa. A maneira de exportamos energia eólica é através do biocombustível. Temos que importar energia elétrica, a partir da solar e eólica, armazenar em formato líquido e exportar para Europa através do E2G”, completa.

 

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
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