Raízen (RAIZ4) mostra qualidade nos resultados, avaliam analistas; BTG vê valor a ser desbloqueado
A Raízen (RAIZ4) postou resultados de qualidade, com números acima do esperado, afirma o BTG Pactual (BPAC11).
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado, incluindo efeitos IFRS 16, veio 12% acima das estimativas do banco, a R$ 4,1 bilhões, impulsionado pelos fortes dados no segmento de açúcar, que se beneficiou da alta dos preços.
A margem Ebitda de R$ 156/m³ também não desapontou, enquanto a alavancagem seguiu em níveis saudáveis de 1,7 vez Ebitda dos últimos 12 meses.
O BTG também mencionou a revisão do guidance para o ano-safra 2021-2022, com uma projeção de Ebitda “melhor do que parece”.
“Já que a Raízen já fez R$ 1,8 bilhão de Ebitda nos primeiros nove meses do ano-safra 2021-2022 (R$ 470/tonelada de açúcar próprio), o guidance implica apenas R$ 153/toneladas para o restante do volume de açúcar próprio a ser vendido. A única razão que explica isso é que a Raízen decidiu adiar a venda de parte do açúcar […], deixando mais de ~R$ 400 milhões do Ebitda do segmento Açúcar para a próxima safra”, avaliam Thiago Duarte, Pedro Soares e Henrique Brustolin, em relatório divulgado nesta terça-feira (15).
A Ágora Investimentos acredita que a Raízen fechará o ano com Ebitda próximo do limite superior do seu guidance. A recomendação da corretora para as ações é de compra, com preço-alvo de R$ 9.
O BTG ainda vê valor substancial a ser desbloqueado. Isso porque a ação mal reflete os negócios existentes de açúcar e etanol e combustíveis, abrindo espaço para upside significativo em E2G, biogás e c-stores.
Além disso, as chuvas favoráveis na entressafra devem ajudar a melhorar os rendimentos da cana e diluir os custos, enquanto o cenário positivo para os preços do açúcar e do etanol, além de um bom ambiente para as margens em combustíveis, levará a fortes resultados no ano-safra 2022-2023.
O BTG tem recomendação de compra e preço-alvo de R$ 11 para Raízen, uma de suas top picks.
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