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Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) saltam com investida da Petrobras (PETR3; PETR4)

22 nov 2024, 17:28 - atualizado em 22 nov 2024, 18:29
petrobras raízen cosan etanol
(iStock.com/FerreiraSilva)

Nesta sexta-feira (22), as ações da Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) saltaram 7% (a R$ 2,60) e 6,10% (R$ 11,13), respectivamente, puxadas pelos planos da Petrobras que avalia a criação de uma joint venture com grandes produtores de etanol no Brasil.

Jás ações ordinárias (PETR3) subiram 5,23% e as preferenciais (PETR4) tiveram alta de 3,98%.

Os papéis de São Martinho (SMTO3) e Jalles (JALL3) também registraram ganhos na ordem de 4%.

A entrada no mercado de etanol é uma das novidades do novo plano de negócios da Petrobras para o período de 2025 a 2029. De acordo com diretor executivo de Transição Energética e Sustentabilidade, Mauricio Tolmasquim, as destilarias planejadas poderão produzir até 2 bilhões de litros por ano durante o plano.

A Petrobras planeja investimentos de cerca de US$ 2,2 bilhões em um conjunto de destilarias de etanol, marcando sua reentrada no segmento do biocombustível.

“A ideia já é começar grande, não é partir do zero. E a gente está olhando as duas rotas principais, que é a de cana, mas sobretudo a de milho, que vem mais crescendo no país em termos de etanol e tem se mostrado aí uma alternativa muito interessante”, disse Tolmasquim mais cedo, durante coletiva de imprensa sobre o plano de negócios.

Negociações com Raízen, Inpasa e BP

De acordo com fontes com conhecimento da situação, a Petrobras está em negociações com a Raízen e a Inpasa, bem como com a britânica BP, discutindo potenciais parceria.

A Petrobras teve parcerias em etanol no passado com empresas como São Martinho e Tereos, mas vendeu suas participações em governos anteriores, em período em que passou a focar em ativos de grande rentabilidade no pré-sal, abrindo mão de outros setores.

Tolmasquim destacou ainda que a gasolina vai perder mercado para o etanol ao longo do tempo e que, por isso, a Petrobras precisa entrar “no mercado do nosso produto competidor”.

“A Petrobras é grande, a nossa ambição é grande… nós estamos partindo para ser realmente líderes nessa questão, um dos líderes na questão do etanol”, frisou.

Petrobras mira ATJ no SAF

O diretor executivo de Processos Industriais e Produtos, William França, acrescentou que a companhia está em conversas com um parceiro e também avalia uma planta própria para a produção de combustível para aviação (SAF) a partir de etanol, conhecido como “alcohol to jet” ou ATJ.

“A gente está querendo fazer uma planta (de ATJ) cinco vezes maior que a planta que tem operando no mundo”, disse França.

Além de voltar-se para o etanol, o novo plano da Petrobras fortaleceu o foco em biocombustíveis, enquanto retirou de suas prioridades eventuais projetos de geração de energia eólica offshore (marítima), segundo Tolmasquim.

“A eólica offshore está em estudo, porque não tem marco regulatório e é muito mais caro que onshore (em terra). Está só como estudo, capex mesmo só em eólica e solar onshore. Vamos também entrar pesado em biocombustíveis”, disse o diretor Tolmasquim.

A eólica offshore era uma vertente para atuação da Petrobras em energias renováveis que constava no planejamento estratégico anterior, elaborado na gestão de Jean Paul Prates, que era especialista em eólica offshore.

Em seu novo planejamento, a companhia previu 16,3 bilhões de dólares para transição energética, um aumento de 42% em relação ao plano anterior.

*Com Reuters

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