Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) avançam com rumores de venda de ativos na Argentina

As ações da Cosan (CSAN3) e da Raízen (RAIZ4) fecharam com alta de 3,62% e 1,53% nesta quarta-feira (17), em um dia em que o Ibovespa (IBOV) renovou seu recorde. A alta é atrelada a notícia de que a Vitol está interessada em adquirir ativos da Raízen na Argentina.
O interesse da multinacional, que atua nos setores de energia e trading de commodities, envolve uma refinaria da Raízen e uma rede de postos sob a bandeira Shell no país. O negócio é estimado em US$ 1,5 bilhões (R$ 7,935 milhões).
A venda faz parte da estratégia do grupo Cosan de reduzir a dívida da holding. No entanto, há o tempor de que a instabilidade política e econômica da Argentina pode adiar ou desvalorizar a negociação.
Em março, notícias já haviam divulgado que a Raízen buscava vender seus ativos no país vizinho.
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De acordo com relatório recente do Bank of America, a Cosan representa uma história única de reestruturação e desalavancagem na América Latina, com expressivo potencial de valorização de 86% (recomendação de compra e preço-alvo de R$ 11 contra os R$ 14 anteriores).
O BofA, por sua vez, mantém recomendação neutra e preço-alvo de R$ 1,25 para a Raízen. Na visão dos analistas, a empresa precisa reduzir cerca de R$15 bilhões em dívida por meio de vendas de ativos e aumento de capital. Assim, a incerteza quanto ao tamanho da emissão e ao risco de diluição continua sendo um peso relevante para as ações.