Raízen (RAIZ4): Citi reduz preço-alvo para ação, que renova mínimas nesta quinta (6)
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O banco Citi cortou seu preço-alvo para as ações da Raízen (RAIZ4) de R$ 4,50 para 3,50 (potencial de alta de 107,1%), mas manteve sua recomendação de compra para a ação. Por volta de 11h09 desta quinta-feira (6), o papel recuava 2,37%, em R$ 1,65. Ontem (5), a ação tombou 7,65%.
Segundo o banco, a redução nas estimativas para a companhia se deu em virtude de:
- Margens mais baixas na área de distribuição de combustíveis no Brasil;
- Menor previsão de moagem de cana-de-açúcar para a safra 2025/26 (79 milhões de toneladas);
- Estimativa de um aumento na taxa Selic, o que deve piorar os resultados financeiros da Raízen.
“Esperamos que a Raízen imprima uma geração de Fluxo de Caixa Livre (FCF) positiva apenas na safra 2026/2027. Então, em nossa visão, a falta de geração de FCF no curto prazo, combinada com taxas de juros mais altas, continuará pesando sobre o estoque”, explicam Gabriel Barra e Pedro Gama.
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Por ouro lado, o banco atualização sua previsão de preços do açúcar, aumentando os valores para US$ 0,24/lp, além de considerar melhores estimativas para o etanol em nosso modelo, já que os preços devem aumentar nos próximos períodos, principalmente por causa do aperto nos estoques domésticos.
O 3T25 da RAIZ4, na visão do Citi
O banco projeta um prejuízo líquido recorrente de R$ 623 milhões no terceiro trimestre da safra 2024/2025 (3T25) para Raízen, com impacto negativo de menor Ebitda ajustado e da piora dos resultados financeiros. No segmento de açúcar e etanol, o banco projeta Ebitda ajustado de R$ 1,5 bilhão (-12% anual).
No segmento de mobilidade, o Citi espera um melhora frente ao trimestre anterior (+3%), mas com queda de 37% no comparativo anual. O Ebitda do segmento está estimado em R$ 1,5 bilhão (margem recorrente em R$ 138/m³ nas operações brasileiras), principalmente em virtude da melhor perspectiva de concorrência no Brasil do que no 2T25.
A Raízen divulga seus números referentes ao 3T25 em 14 de fevereiro.