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Raízen (RAIZ4): BTG vê movimentos necessários com quase R$ 3 bi em vendas, ainda que insuficientes; veja análise para prévia do 1T26

25 jul 2025, 11:46 - atualizado em 25 jul 2025, 12:16
raízen raiz4
No lado comercial, as vendas próprias de açúcar da Raízen subiram 30% no comparativo anual, superando em 5% as estimativas do BTG. (Foto: Divulgação)

Raízen (RAIZ4reportou ontem (24) sua prévia operacional referente ao primeiro trimestre da safra 25/26 (1T26). Segundo o BTG Pactual, a moagem de cana, que atingiu 24,5 milhões de toneladas (queda de 21% ante o 1T25), ficou 8% abaixo das expectativas do banco.

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“O ritmo mais lento de moagem pode dificultar a diluição dos custos fixos, impactando negativamente as margens. Dado o início de safra fraco e a venda da usina Santa Elisa, agora esperamos que a Raízen atinja o limite inferior de seu guidance de moagem (entre 72 milhões e 75 milhões de toneladas)”, apontam Thiago Duarte e Guilherme Guttilla.

No lado comercial, as vendas próprias de açúcar da Raízen subiram 30% no comparativo anual, superando em 5% as estimativas do BTG. Já as vendas de etanol caíram 26% ano a ano — 31% abaixo da projeção —, pois a empresa aumentou seus estoques durante o período.

Os volumes de vendas de combustíveis ficaram em linha com os dados já publicados por órgãos reguladores. Destaca-se que a Raízen manteve sua participação de mercado no trimestre, após vários anos de queda.

RAIZ4: Esforços ainda são insuficientes

O banco destaca que há muito a se elogiar nos recentes de reestruturação da Raízen, com a empresa tendo arrecadado R$ 2,9 bilhões com vendas de ativos, reformulação da equipe de liderança, redução a exposição a riscos, melhora no perfil de dívida e avanço na entrega da meta de redução de custos de R$ 500 milhões.

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“Nossas interações com a Raízen indicam uma operação menos dispersa e mais focada, o que também contribui para o objetivo de melhoria de eficiência. Contudo, grandes empresas costumam ter certa inércia”, afirma o relatório. “No caso da Raízen, a natureza de longo prazo do cultivo de cana-de-açúcar sugere que mesmo mudanças profundas podem demorar a aparecer nos resultados financeiros. Talvez o negócio de combustíveis — que possui um ciclo de compra e venda mais curto — possa apresentar resultados mais rapidamente. Ainda assim, consertar o balanço patrimonial continua sendo um desafio”, completa. 



O banco mantém sua recomendação de compra e preço-alvo de R$ 3,50 (potencial de alta de 133,33%), já que uma leve melhoria no fluxo de caixa livre pode destravar valorização expressiva nas ações.

“O movimento (venda de 55 usinas de geração distribuída) está alinhado com os esforços da empresa. Embora a injeção de R$ 600 milhões não seja particularmente significativa para uma empresa com mais de R$40 bilhões em dívida líquida, é um passo na direção certa. Mais vendas de ativos provavelmente serão necessárias. O valor arrecadado (R$ 2,9 bilhões nos últimos 12 meses) até agora representa cerca de 8% da dívida líquida — ou 7% com os adiantamentos inclusos”. 

 

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
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