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Raízen (RAIZ4): BTG vê companhia na ‘direção certa’, mas esperava mais

23 dez 2024, 15:39 - atualizado em 23 dez 2024, 15:42
raízen raiz4
(Foto: Divulgação)

O BTG Pactual viu a decisão da Raízen (RAIZ4) de vender até 31 projetos de usinas de geração solar distribuída (UFVs) para a Brasol Sistemas de Energia Solar numa transação de R$ 475 milhões como um passo na direção certa, apesar de esperar maiores iniciativas no processo de desalavancagem.

Fora isso, a companhia também anunciou um acordo com stakeholders para reduzir gradualmente sua participação na Raízen Paraguai (ex-Barcos y Rodados) de 50% para 27,4% até novembro de 2026 – a medida deve reduzir os desembolsos de caixa em US$ 54 milhões (aproximadamente R$ 320 milhões).

O banco destacou em nota recente a importância de restaurar o senso de urgência da Cosan e da Raízen para lidar com o equilíbrio da estrutura de capital em um cenário de aumento de juros e custos da dívida.

BTG espera novas vendas pela Raízen

Para os analistas, o anúncio parece se alinhar com a nova diretriz da companhia. Desde que Nelson Gomes assumiu como CEO da Raízen no final de outubro, a empresa tem sido alvo de várias especulações sobre vendas de ativos no segmento de S&E, o negócio de geração de energia e até mesmo a potencial venda de sua participação na joint venture com a Femsa, a Oxxo.

“Apesar de ser um passo na direção certa, o impacto financeiro de ambas as iniciativas ainda é insuficiente para resolver os problemas de alavancagem mencionados acima. Juntas, espera-se que elas gerem aproximadamente R$ 795 milhões, distribuídos em pelo menos dois anos fiscais, o que representa cerca de 2% da nossa dívida líquida ajustada do AF25E (após contabilizar os adiantamentos de clientes) de R$ 42 bilhões”, apontam Pedro Soares e equipe.



Os analistas reforçam que não ficariam surpresos se a Raízen fizesse anúncios adicionais para desalavancar ainda mais o balanço, potencialmente incluindo alguns de seus principais ativos, como foi especulado na mídia.

“Ambas as medidas (vendas de usinas para Brasol e redução da participação no Paraguai), embora financeiramente insuficientes, sugerem que uma mudança radical de postura pode estar em vigor e reforçam nossas esperanças de que o senso de urgência demonstrado nos últimos meses prevalecerá para abordar a questão da estrutura de capital da Raízen.”

O banco recomenda compra para RAIZ4, com preço-alvo que implica em potencial de alta de 221%. “Se mais ainda está por vir – e achamos que virá – as ações da Raízen devem se beneficiar substancialmente”, dizem.

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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024, ficou entre os 80 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
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