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Raízen: lucro crescerá 57% no trimestre e chegará a R$ 1,3 bilhão, prevê Credit Suisse

08 nov 2021, 18:19 - atualizado em 08 nov 2021, 18:19
Raízen
Segundo os analistas Regis Cardoso e Marcelo Gumiero, as cifras serão puxadas pela dinâmica positiva dos preços nos negócios de açúcar e renováveis (Imagem: Divulgação/ Facebook Raízen)

A Raízen (RAIZ4), uma das maiores empresas agro da Bolsa, divulgará seus números da safra do terceiro trimestre de 2022, o que equivale ao terceiro trimestre de 2021, na próxima quinta-feira (11).

O Credit Suisse prevê que a companhia reportará fortes cifras, com lucro líquido de R$ 1,3 bilhão, alta de 57% ante o trimestre passado, e ebitda, que mede o resultado operacional, de R$ 3,2 bilhões, elevação de 70% no ano.

Segundo os analistas Regis Cardoso e Marcelo Gumiero, as cifras serão puxadas pela dinâmica positiva dos preços nos negócios de açúcar e renováveis, que podem disparar 80% e 144%, respectivamente. 

“Embora seja difícil prever o volume de vendas no trimestre, pois depende da estratégia da Raízen, é razoável acreditar que a empresa acelerou as vendas para aproveitar o ambiente de bons preços”, argumentam.

Próximos trimestre

Para 2021 e 2022, o Credit Suisse reduziu em 1% a estimativa do ebitda. Porém, o banco suíço manteve o mesmo preço-alvo das ações, a R$ 10, com classificação outperform, ou desempenho esperado acima do mercado. 

Entre os risco para a empresa, os analistas citam:

  • risco de execução, uma vez que as usinas de E2G, módulos de biogás, usinas de pelotização e expansão da capacidade de geração de energia renovável precisam ser construídas no prazo e dentro do orçamento
  • exposição às economias brasileira e argentina;
  • eletrificação de longo prazo;
  • exposição aos preços de açúcar e etanol;

Ação fora do radar

Na esteira da safra de resultados do terceiro trimestre, a ação da Raízen tem o potencial de valorizar mais de 80% nos próximos 12 meses, aproveitando os preços das commodities agrícolas, segundo o Bank of America.

O banco recomenda a compra da Raízen, com preço-alvo de R$ 12 por ação, implicando em potencial de alta de 83% em um ano.

“O mercado ainda não precificou o potencial da Raízen, que deve se apoiar na valorização das commodities e do aumento de preços dos combustíveis no Brasil. Estimamos que o ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado some R$ 3,3 bilhões no trimestre passado, sendo R$ 2,37 bilhões apenas das operações de açúcar e de energias renováveis“, comenta.