Raízen: Enquanto mercado subestima ação, Bank of America vê potencial de alta de 88%
As ações da Raízen (RAIZ4) despencaram em torno de 25% desde o seu IPO (agosto deste ano até início de dezembro), enquanto que o Ibovespa (IBOV) acumula queda de 16% no mesmo período.
A despeito da desconfiança do mercado, o Bank of America (BofA) reitera a compra da ação, com preço-alvo de R$ 11.
Segundo os analistas Isabella Simonato e Guilherme Palhares, que assinam o relatório, a Raízen tem potencial de alta de 88% nos próximos 12 meses, levando em conta o valor de fechamento a R$ 5,83 desta segunda-feira (6).
“O mercado está subestimando a ação, após a Raízen apresentar um guidance até 15% abaixo das expectativas”, destacam.
A companhia estimou que terá Ebitda (lucro antes de impostos, depreciação e amortização) no valor situado entre R$ 10 bilhões e R$ 11 bilhões no ano-safra 2021/22, que compreende o intervalo entre abril deste ano até março de 2022.
Exagero
A projeção da Raízen abaixo das expectativas se deve ao menor volume esperado de cana-de-açúcar nesta safra, enquanto maiores custos de produção na segunda metade de 2021 levantam dúvidas entre os investidores.
Mesmo que o guidance negativo possa pressionar as ações da Raízen no curto prazo, o BofA afirma que o mercado “tem uma reação exagerada”.
Outro ponto levantado pelos analistas é que o mercado ainda não precificou devidamente os projetos da Raízen ligados ao etanol da segunda geração (E2G) e ao biogás, avaliados em R$ 36 bilhões, ou R$ 3,40 no valor da ação.
Nesta terça-feira (7), por volta das 11h20, as ações ordinárias da Raízen subiam 0,86%, negociadas a R$ 5,88 cada. No mesmo instante, o Ibovespa (IBOV) avançava 1,13%, a 108.061,96 pontos.