Raízen Energia submete ao Cade potencial transação para compra da Biosev
A Raízen Energia submeteu ao Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade) a potencial transação da companhia para aquisição da Biosev, embora contratos ainda não tenham sido assinados, informou a joint venture da Cosan (CSAN3) e Shell nesta quinta-feira.
Segundo fato relevante divulgado pela Raízen, as companhias seguem em negociações para a assinatura de contratos vinculantes relacionados à transação, inicialmente divulgada em setembro do ano passado.
“Apesar de referidos contratos não terem sido ainda assinados, a companhia e a Biosev optaram por desde já submeter a potencial transação ao Cade, o que foi realizado na data de hoje”, afirmou a empresa.
A Biosev, braço de açúcar e etanol do grupo Louis Dreyfus, é uma das maiores processadoras de cana-de-açúcar do Brasil.
Em um segundo comunicado, também publicado nesta quinta, a Raízen ressaltou que apesar de a negociação estar avançando, ainda há uma série de “complexidades” e “pontos críticos”, afirmando que ainda não é possível dizer se haverá êxito na transação e quando ela poderia ser anunciada ao mercado.
“A potencial operação de combinação de negócios possivelmente será implementada por meio de várias transações e movimentos societários, incluindo, por parte da companhia, desembolso de recursos e emissão de novas ações”, acrescentou.
A Raízen informou ainda que a dívida da Biosev deverá ser reestruturada no contexto da operação, mas que a própria empresa da Louis Dreyfus está em processo de negociação com seus credores. Ao final do segundo trimestre da safra 2020/21, a Biosev possuía uma dívida de quase 7 bilhões de reais.