Raízen diz que controle de preços não seria resposta para alta nos combustíveis
Uma interferência governamental no mercado de combustíveis no Brasil não seria a resposta para resolver o problema dos atuais altos preços, afirmou o presidente da Raízen (RAIZ4), Ricardo Mussa, pontuando que os governantes precisam interferir o mínimo possível.
O presidente da joint venture formada por Shell e Cosan (CSAN3) afirmou que “foi muito difícil” quando houve controle de preços no Brasil, e que esse tema é sempre muito sensível quando o país se aproxima de eleições.
“Quando você distorce o mercado, você tira investimento”, disse Mussa, ao ser questionado pelo moderador da mesa sobre qual a mensagem deixaria para o próximo presidente, com a proximidade da eleições em 2022.
“Hoje a gente tem um problema no Brasil que é combustível caro. Eu tenho muito medo de tentar corrigir uma questão de combustível caro, que tem muito mais a ver com imposto, por exemplo, e isso afetar o futuro de um setor tão promissor, tão bom para o nosso país”, afirmou ao participar do evento Shell Talks.
Os comentários foram feitos em meio a recentes queixas de políticos, como as do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), de que a Petrobras (PETR4) deveria ter uma função social, atuando para estabilizar as cotações.