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RAIZ4, SMTO3 e AGRO: Bank of America recomenda compra e reforça ação preferida com cenário ‘doce’ para açúcar e etanol 

26 jun 2024, 13:34 - atualizado em 26 jun 2024, 13:35
bank of america raiz4
Após uma forte recuperação nos preços em maio, o Bank of America aposta em altas de 10% nos valores do açúcar e etanol (Imagem: Paulo Fridman/ Bloomberg)

O Bank of America está mais construtivo no setor de açúcar e etanol, e acredita que os preços podem crescer 10%, dado uma oferta e demanda mais apertada.

As projeções apontam para uma menor moagem de cana no Brasil, enquanto a produção de açúcar e etanol na Índia deve crescer. Com isso, a instituição elevou sua recomendação de São Martinho (SMTO3) de neutro para compra, além de reforçar Adecoagro (AGRO), que não tem ações negociadas no Brasil, como sua top pick. O banco ainda recomenda compra para Raízen (RAIZ4), mas reduziu o preço-alvo para ação.

“O mercado global de açúcar deverá estar equilibrado ou com escassez de oferta nos próximos 18 meses, enquanto a menor produção de etanol no Brasil, aliada a uma forte procura, deverá reduzir os stocks finais. Neste cenário, acreditamos que os preços do açúcar poderiam se estabilizar em níveis pelo menos 10% superiores aos atuais (após uma recuperação de 7% no último mês)”, veem Isabella Simonato e Julia Zaniolo.

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Fora isso, o banco acredita que a paridade de preços do etanol em relação à gasolina poderá voltar a 70% no final do ano, cerca de 10% acima dos preços atuais.

Por dentro das escolhas do Bank of America

A instituição elevou sua recomendação e preço-alvo para São Martinho, em R$ 39 (contra R$ 34) e potencial de alta de 20%.

“A SMTO3 é a aposta pura no setor e aumentamos nosso Ebitda no ano fiscal de 25/26 em 4%/8%. Cada variação de 5% nos preços do açúcar e do etanol, somados, altera o Ebitda em 6%. Finalmente, as ações estão sendo negociadas com rendimento FCF de 6% no EF25E e 14% no EF26”.

Por outro lado, a Adecoagro segue como a escolha favorita dentro do setor, dado o forte potencial de crescimento, reforçado não apenas pelo desempenho do açúcar e do etanol, mas também pelos negócios agrícolas na Argentina, principalmente arroz.



O preço-alvo passou de US$ 15 para US$ 15,50, e o Bank of America vê as ações sendo negociadas com um rendimento atraente de 11% FCF em 2024E e 21% em 2025E.

Ainda que tenha reduzido seu preço-alvo, de R$ 5 para R$ 4,9, a instituição reforça compra para Raízen, já que espera que a dinâmica dos lucros melhore no ano fiscal de 2025, impulsionado pelo açúcar e etanol, enquanto vê oportunidades de crescimento de longo prazo a partir do etanol de segunda geração (E2G).

“A falta de geração de fluxo de caixa no curto prazo continua sendo uma preocupação, mas acreditamos que a ação sofreu uma desvalorização significativa e agora está sendo negociada a 3,5x EV/Ebitda no ano fiscal de 2025, contra os históricos 4,5x”.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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