RAIZ4, SMTO3 e AGRO: Bank of America recomenda compra e reforça ação preferida com cenário ‘doce’ para açúcar e etanol
O Bank of America está mais construtivo no setor de açúcar e etanol, e acredita que os preços podem crescer 10%, dado uma oferta e demanda mais apertada.
As projeções apontam para uma menor moagem de cana no Brasil, enquanto a produção de açúcar e etanol na Índia deve crescer. Com isso, a instituição elevou sua recomendação de São Martinho (SMTO3) de neutro para compra, além de reforçar Adecoagro (AGRO), que não tem ações negociadas no Brasil, como sua top pick. O banco ainda recomenda compra para Raízen (RAIZ4), mas reduziu o preço-alvo para ação.
“O mercado global de açúcar deverá estar equilibrado ou com escassez de oferta nos próximos 18 meses, enquanto a menor produção de etanol no Brasil, aliada a uma forte procura, deverá reduzir os stocks finais. Neste cenário, acreditamos que os preços do açúcar poderiam se estabilizar em níveis pelo menos 10% superiores aos atuais (após uma recuperação de 7% no último mês)”, veem Isabella Simonato e Julia Zaniolo.
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Fora isso, o banco acredita que a paridade de preços do etanol em relação à gasolina poderá voltar a 70% no final do ano, cerca de 10% acima dos preços atuais.
Por dentro das escolhas do Bank of America
A instituição elevou sua recomendação e preço-alvo para São Martinho, em R$ 39 (contra R$ 34) e potencial de alta de 20%.
“A SMTO3 é a aposta pura no setor e aumentamos nosso Ebitda no ano fiscal de 25/26 em 4%/8%. Cada variação de 5% nos preços do açúcar e do etanol, somados, altera o Ebitda em 6%. Finalmente, as ações estão sendo negociadas com rendimento FCF de 6% no EF25E e 14% no EF26”.
Por outro lado, a Adecoagro segue como a escolha favorita dentro do setor, dado o forte potencial de crescimento, reforçado não apenas pelo desempenho do açúcar e do etanol, mas também pelos negócios agrícolas na Argentina, principalmente arroz.
O preço-alvo passou de US$ 15 para US$ 15,50, e o Bank of America vê as ações sendo negociadas com um rendimento atraente de 11% FCF em 2024E e 21% em 2025E.
Ainda que tenha reduzido seu preço-alvo, de R$ 5 para R$ 4,9, a instituição reforça compra para Raízen, já que espera que a dinâmica dos lucros melhore no ano fiscal de 2025, impulsionado pelo açúcar e etanol, enquanto vê oportunidades de crescimento de longo prazo a partir do etanol de segunda geração (E2G).
“A falta de geração de fluxo de caixa no curto prazo continua sendo uma preocupação, mas acreditamos que a ação sofreu uma desvalorização significativa e agora está sendo negociada a 3,5x EV/Ebitda no ano fiscal de 2025, contra os históricos 4,5x”.