Raia Drogasil não pode mais recorrer da decisão do Cade sobre compra da Onofre
A Raia Drogasil (RADL3) comunicou nesta quarta-feira que na terça-feira ocorreu o trânsito em julgado da decisão publicada pela Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) referente à aquisição de 100% do capital social da Drogaria Onofre em 27 de fevereiro de 2019, não tendo sido apresentado qualquer recurso ou avocação pelo Tribunal do Case.
Com isso, uma vez cumpridas as demais condições precedentes da aquisição, a operação será será concluída no dia 1° de julho deste ano, data a partir da qual os resultados da Onofre passarão a ser consolidados pela companhia. Em 2018, a Onofre teve receita bruta de cerca de 480 milhões de reais e 50 lojas, 47 delas no estado de São Paulo, além de duas no Rio de Janeiro e uma em Minas Gerais.
A CVS adquiriu o controle da rede Onofre em 2013, quando o varejo farmacêutico brasileiro passava por um momento de consolidação. Nos anos anteriores, o setor havia registrado fusões relevantes —entre Droga Raia e Drogasil, em agosto de 2011, e entre Drogarias Pacheco e Drogaria São Paulo, semanas depois.
A Raia Drogasil fechou 2018 com 1.825 lojas, ante 1.610 do fim de 2017. A receita bruta da companhia chegou a 15,5 bilhões de reais, contra 13,8 bilhões de reais de 2017. Mas a margem ebtida da companhia encolheu, de 8,2% em 2017 para 7,7% em 2018. As despesas operacionais cresceram 0,3 ponto percentual puxadas sobretudo por maiores gastos com pessoas e aluguéis. Os preços médios também caíram, em função de um aumento de competição no mercado farmacêutico.