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Radar do mercado: PIB e o que mais importa para a bolsa hoje, segundo 4 analistas

02 dez 2021, 9:52 - atualizado em 02 dez 2021, 9:52
Ministério da Ecônomia
Economia do país recuou 0,1% no terceiro trimestre, resultado puxado por recuo da agropecuária. (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O Ibovespa futuro sobe 1,08% nesta quinta-feira (2), aos 101 mil pontos, após recuo dos dois pregões anteriores. Os mercados globais amanhecem mistos, com Estados Unidos em alta de 0,6% e Europa em queda de 1,2%.

Em parte, os mercados refletem os temores com a descoberta do primeiro caso da variante ômicron nos EUA.

Segundo a OMS, as hospitalizações na África do Sul vêm aumentando, mas a organização diz que ainda é cedo para afirmar se a nova variante é o catalisador de novos casos mais severos.

Na China a bolsa encerrou o dia em alta de 0,3%, com o anúncio da reabertura das fronteiras entre o país e Hong Kong.

Abaixo, confira o que é destaque nos relatórios de algumas das principais corretoras do país.

XP: Emprego nos EUA

A XP Investimentos destaca que atividade econômica dos EUA ganha tração, segundo os dados mais recentes. Relatório nacional de emprego da ADP, mostra que o setor privado do país gerou 534 mil vagas em novembro, resultado acima das expectativas do mercado (506 mil).

“Em linhas gerais, as companhias americanas vêm criando empregos de forma consistente no período recente, a despeito do aumento da inflação e das preocupações com a pandemia”, comenta a corretora.

Na agenda econômica de hoje, segundo a XP, destaque para a publicação dos pedidos iniciais de seguro-desemprego nos EUA na semana encerrada em 27 de novembro (consenso: 240 mil; anterior: 199 mil).

O dado é importante por influenciar a decisão do Fed sobre os próximos passos no caminho de fim de estímulos à economia.

Genial: Pressão sobre o real

A Genial Investimentos lembra que declarações recentes do presidente do Fed, Jerome Powell, mostra uma mudança importante em sua avaliação quanto ao caráter da inflação nos Estados Unidos.

Segundo Powell, destaca a corretora, a inflação americana adquiriu caráter mais permanente, mais baseadas em pressões de demanda, deixando para trás o caráter temporário. “Com isto, será necessário mudar a estratégia de política monetária do banco central americano”.

No curto prazo, a antecipação sobre a redução de estímulos deverá gerar pressão sobre as taxas de câmbio dos países emergentes, inclusive sobre o real, diz a Genial.

Rico: De olho no petróleo

Segundo a Rico, o mercado observa atentamente a reunião de dois dias da Opep+ (principais países exportadores de petróleo e seus aliados), que começa hoje.

“O petróleo, que bateu 85 dólares por barril em outubro, já opera 21% abaixo do pico, gerando dúvidas se o cartel vai manter o aumento prometido em janeiro, ou se decidirá pela manutenção da baixa produção diante da possibilidade de menor demanda por conta do avanço da variante Ômicron”, diz a corretora.

O preço da commodity é uma das principais influências sobre a inflação global, ao lado dos desajustes da cadeia de suprimentos.

Commcor: PIB do Brasil

A Commcor destaca a divulgação do PIB do Brasil, feita há pouco. A economia do país recuou 0,1% no terceiro trimestre, resultado puxado por recuo da agropecuária.

Para a corretora, os dados são essenciais para analisar se os setores que são esperados que reajam positivamente à reabertura econômica. “Setores como o de serviços tem tido foco nas análises dos investidores”, comenta.

“Após forte impacto da pandemia na economia global, a abertura gradual que passamos tem criado expectativas para a volta do crescimento robusto da economia”, diz a Commcor.