Radar do Mercado: O que importa para a bolsa hoje, segundo 3 analistas
O Ibovespa futuro opera em alta de 0,80% nesta segunda-feira (6), a 106,4 mil pontos, em um início de semana marcado pela de decisão do Banco Central sobre nova Selic.
Nos Estados Unidos, os índices futuros operavam em tom misto. Os investidores estão atentos à inflação e aos próximos passos do Federal Reserve, que deve apresentar aperto na política monetária.
Na Europa, as ações davam sinais de recuperação na manhã desta segunda, em contraste com as perdas acentuadas no fim da semana passada por temores com a temores sobre a variante ômicron.
O mercado acionário chinês fechou o pregão desta segunda em queda, puxado pelas ações de semicondutores e novas energias.
Veja o que dizem alguns dos principais analistas do país sobre o desempenho dos mercados nesta segunda:
Copom
A decisão de taxa básica de juros, a Selic, é um dos pontos em comum de destaque entre os analistas nesta segunda.
O mercado segue confiante nas apostas pela repetição de elevação de 150 pontos, o que deve levar a taxa a 9,25%.
As apostas em algo diferente disso orbitam entre têm maiores probabilidades para cima, entre 1,75 p.p e 2,00 p.p.
Commcor
Para a Commcor, o mercado deve acompanhar o noticiário em torno da pandemia e da inflação para calibragens finas sobre a Selic, não apenas para essa decisão, mas especialmente para as próximas.
“No primeiro caso (pandemia), o noticiário segue de diluição com a cautela em torno da variante ômicron, enquanto a leitura com a inflação local pode mostrar algum alívio com a sinalização de que a Petrobras deve reduzir valor dos combustíveis a bomba na esteira das recentes quedas do Petróleo”, diz.
Terra Investimentos
A Terra Investimentos destaca que a PEC dos Precatórios, aprovada no Senado, segue do radar do mercado.
A corretora lembra que o presidente da Câmara, Arthur Lira pretende fazer um fatiamento da PEC e aprovar apenas os pontos em comum entre Câmara e Senado para conseguir dar seguimento para o Auxílio Brasil.
“Mesmo com o Auxílio Brasil de R$ 400, o gasto do governo em 2022 com programas de transferência de renda deverá ser R$ 11 bilhões a menos que em 2021, com cerca de 22 milhões de família sem benefício social”.
O valor de 2021 conta com o Bolsa Família, Auxílio Emergencial e início do Auxílio Brasil, enquanto em 2022 haverá apenas o Auxílio Brasil e apenas para as famílias que eram contempladas pelo Bolsa Família, lembra a corretora.
Rico
A Rico Investimentos chama a atenção para o mercado americano, que “ainda está digerindo os dados de desemprego divulgados na sexta-feira que vieram pior que o esperado”. O Fed recentemente assumiu uma postura mais rígida e preocupada com a Inflação, lembra a corretora.
“Se por um lado os dados de desemprego não foram animadores, por outro, essa nova postura tem feito os mercados globais se questionarem se o fim dos estímulos a economia estão mais próximos do fim”, diz.