Mercados

Radar do mercado: Nova variante do coronavírus e o que mais importa para bolsa e dólar hoje, segundo 6 analistas

26 nov 2021, 9:59 - atualizado em 26 nov 2021, 10:05
Covid-19
União Europeia, Reino Unido, Israel e Cingapura já implementam restrições em voos provenientes da África do Sul. (Imagem: Marcelo Seabra/Agência Pará)

O Ibovespa futuro tomba 2,62% na manhã desta sexta-feira (26), em um reflexo do temor global com a nova variante do coronavírus, registrada na África do Sul. O dólar sobe 1,16%, a R$ 5,6297.

Ainda é cedo para dizer o quão transmissível ou perigosa é a variante B.1.1.529, mas os mercados já expressam o temor com novas medidas de restrição em um momento em que o contágio da covid-19 na Europa preocupa.

União Europeia, Reino Unido, Israel e Cingapura já implementam restrições em voos provenientes da África do Sul.

Os mercados globais amanhecem negativos nesta sexta, com o futuro do S&P 500 caindo 1,65% e Europa registrando perdas de 2,2%. Na China, o CSI 300 recuou 0,7% e o índice de Hang Seng caiu 2,7%, encerrando o dia no negativo.

Veja os destaques dos relatórios de abertura de mercado de alguns dos principais analistas do país para esta sexta:

Genial: Nova variante do coronavírus

A Genial Investimentos destaca o anúncio da descoberta de uma nova variante do coronavírus na África do Sul, que vem gerando cautela global e reiterando a necessidade de vacinação para evitar maiores danos.

“As bolsas exteriores amanheceram em queda com essa nova cepa, que é resultado de mais mutações”, pondera a corretora.

Rico: Queda de taxas de juros

Para a Rico Investimentos, a dúvida sobre uma potencial nova onda de medidas de restrição de mobilidade no mundo leva à queda das taxas de juros de longo prazo em economias desenvolvidas (famosos juros futuros).

“Analistas passam a questionar se essa incerteza pode levar Bancos Centrais no mundo a adiar a retirada de estímulos monetários – no caso, juros muito baixos, e compras de ativos no mercado”, diz trecho do relatório.

Commcor: Esvaziamento de Fed mais agressivo

A corretora Commcor chama a atenção para os “recuos expressivos” dos vistos nos yields dos títulos de dívida norte-americanos, refletindo o esvaziamento das apostas por um Fed mais agressivo sobre a normalização da política monetária.

“O mercado vem recebendo recorrentes sinalizações de que a o Fomc poderia se ver obrigado a acelerar o ritmo da redução de compras de ativos (tapering), bem como antecipar o momento da elevação dos juros, realidade que não faria sentido caso a pandemia ressurja a ponto de governos adotarem medidas diversas de distanciamento social/redução de mobilidade e tudo que, infelizmente, estamos bastante cientes”, diz trecho do relatório.

Modalmais: Agenda recheada

O banco digital Modalmais chama a atenção para a agenda do dia, com a nota de política monetária de outubro, a confiança da indústria em novembro e dados do Caged de outubro. “Expectativa para o dia de Bovespa, dólar e juros em queda”, diz a instituição.

Terra: Dúvida sobre Precatórios

A Terra Investimentos destaca que, no Brasil, foi aprovado o texto-base da MP do Auxílio Brasil que substitui o programa Bolsa Família, mas diz que detalhes ainda precisam ser votados.

No texto-base foi retirada a cláusula de correção do programa pela inflação, mas oposição já informou que brigará pelo retorno. Também foi retirada a limitação de cinco beneficiários por família.

A corretora destaca ainda que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco não garantiu que a PEC dos precatórios será votada na semana que vem. O parlamentar falou em algumas mudanças antes do projeto ser votado.

XP: De olho na próxima semana

A XP Investimentos lembra que a semana se encerra com destaque para intensa agenda de negociações no âmbito internacional planejada para semana que vem no Congresso norte-americano.

“A prioridade deve ser um acordo sobre o orçamento público, tema que tem calendário apertado para aprovação. A partir do dia 3 de dezembro, o governo entraria em paralização (shutdown)”, escreve a corretora.

Em seguida, o foco deve ser voltado para o teto da dívida, diz a XP. O tema também tem urgência – segundo a secretário do Tesouro Americano, Janet Yellen, o teto poderia ser infringido em meados de dezembro.

A XP diz que por ora não houve sinal de aproximação entre os partidos sobre a pauta, o que implica que o teto teria que ser elevado por reconciliation (manobra que permite aprovação de pautas por maioria simples, ou seja, sem votos republicanos).

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar