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Vale (VALE3), Americanas (AMER3) e outros destaques desta segunda-feira (21); veja

21 out 2024, 8:11 - atualizado em 21 out 2024, 10:06
vale wall street morning times
Vale, Americanas estão entre os destaques corporativos desta segunda (Imagem: Reuters/Washington Alves)

A indenização a ser paga pela Vale (VALE3) e a acusação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a ex-executivos da Americanas (AMER3) são alguns dos destaques corporativos desta segunda-feira (21).

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Confira os destaques corporativos

Vale (VALE3) prevê R$ 170 bilhões em acordo de Mariana, mas não bate o martelo

A Vale prevê pagar cerca de R$ 170 bilhões no acordo de indenizações de Mariana. Apesar disso, a companhia diz que o acordo não foi assinado e terá que ser aprovado pelas partes, incluindo o conselho de administração.

No documento, a mineradora diz que o montante inclui:

  • R$ 38 bilhões em valores já investidos em medidas de remediação e compensação;
  • R$ 100 bilhões pagos em parcela4 ao longo de 20 anos ao Governo Federal, aos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo e aos municípios, para financiar programas e ações compensatórias vinculadas a políticas públicas;
  • ▪ R$ 32 bilhões em obrigações de execução da Samarco, incluindo iniciativas de indenização individual, reassentamento e recuperação ambiental.

CVM acusa oito ex-executivos da Americanas (AMER3) de uso de informações privilegiadas

A CVM acusou oito ex-executivos da varejista Americanas de uso indevido de informações privilegiadas na negociação de ativos de emissão da empresa antes da divulgação do escândalo contábil em 2023.

Em um comunicado, a CVM disse que, após concluir um inquérito administrativo, reuniu “elementos robustos, contundentes e convergentes que são capazes de sustentar acusações” contra o ex-presidente-executivo Miguel Gutierrez e sete outros ex-executivos, incluindo José Timotheo de Barros, Anna Christina Ramos Saicali.

A Americanas disse que as conclusões das investigações realizadas por seu comitê independente e pelas autoridades mostram que ela foi vítima de “complexa fraude de resultados” orquestrada por seus ex-executivos, incluindo o uso indevido de informações privilegiadas.

Embraer (EMBR3): Entregas sobem 33% no trimestre e empresa renova recorde

Embraer (EMBR3), que vive céu de brigadeiro na bolsa, viu as entregas subirem 33% em relação ao mesmo período do ano passado, renovando recorde de US$ 22,7 bilhões da carteira de pedidos. Ao todo, a companhia entregou 57 aeronaves, ante 43 um ano atrás.

A aviação comercial entregou 16 jatos, e a aviação executiva outros 41. Durante o trimestre, defesa & segurança entregou duas aeronaves C-390 Millennium – a primeira aeronave para a Hungria e a sétima para o Brasil.

Hypera (HYPE3) anuncia otimização do capital de giro, descontinua projeções para 2024 e inicia programa de recompra de ações

Hypera (HYPE3) informou, após discussões no Comitê de Estratégia e aprovação do Conselho de Administração, que iniciará um processo de otimização de capital de giro. A empresa também anunciou a descontinuidade de projeções financeiras para 2024 e disse que vai começar um programa de recompra de ações.

A estratégia de otimização de capital de giro, segundo a companhia, inclui a redução do prazo de pagamento concedido aos clientes, com a expectativa de aumentar a geração de caixa operacional em até R$ 2,5 bilhões até 2028 e R$ 7,5 bilhões nos próximos 10 anos. Essa medida visa proporcionar maior flexibilidade financeira para capturar oportunidades de crescimento, além de melhorar a eficiência operacional da companhia, disse.

A Hypera destacou que essa decisão não impacta o foco da companhia na estratégia de crescimento do sell-out, que registrou um aumento de aproximadamente 11% no terceiro trimestre e de 13% em outubro de 2024. A companhia disse que continuará investindo em inovação e desenvolvimento de novos produtos, bem como acelerando o mercado institucional.

JSL (JSLG3) anuncia programa de recompra de ações

A JSL (JSLG3) informou que, em decorrência do vencimento de seu programa anterior de recompra de ações, o Conselho de Administração aprovou um novo programa.

A companhia disse que poderá adquirir até 13 milhões de ações ordinárias, representando aproximadamente 20,7% do total de ações em circulação no mercado. A efetiva recompra dependerá de fatores como o saldo das reservas disponíveis, conforme as limitações legais.

O prazo do programa será de 18 meses, iniciando em 21 de outubro de 2024 e encerrando em 20 de abril de 2026. As operações de compra serão financiadas pelas reservas de lucro e capital disponíveis, conforme as últimas demonstrações financeiras divulgadas pela companhia.

Wilson Sons (PORT3) anuncia venda de ações para MSC por R$ 4,352 bilhões

Wilson Sons (PORT3), empresa de logística portuária, anunciou que a sua controladora Ocean Wilsons Holdings Limited (OWHL) vendeu sua participação na companhia brasileira para a SAS Shipping Agencies Services Sàrl, subsidiária da MSC, por R$ 4,35 bilhões.

Segundo o comunicado, a venda equivale a 56,47% do capital social da Wilson Sons (um total de 248,664 milhões de ações), sendo que a MSC pagará R$ 17,50 por ação.

O acordo permite que a Wilson Sons pague os dividendos aprovados em 11 de outubro e continue pagando dividendos trimestrais aos seus acionistas, limitados a US$ 22 milhões (R$ 125,18 milhões) até que a venda seja concluída.

Sabesp (SBSP3) estima receber R$455 mi após acordos envolvendo precatórios

A Sabesp (SBSP3) estima receber R$ 455 milhões após a Câmara de Conciliação de Precatórios da Procuradoria Geral do Município de São Paulo aprovar parte das propostas de acordos formuladas pela companhia para liquidação de créditos de precatórios.

Segundo a Sabesp, os valores atualizados dos precatórios objeto dos acordos aprovados totalizam 701 milhões de reais. Mas sobre esse montante será aplicado o percentual de deságio previsto em edital, conforme os cálculos a serem realizados pela Diretoria de Precatórios e Cálculos do Tribunal de Justiça de São Paulo (DEPRE TJSP).

Brava (BRAV3) reitera previsão de retomada de produção de Papa-Terra em dezembro

Brava (BRAV3) reiterou a previsão de retomada da produção no campo de Papa-Terra para dezembro, após a ANP aprovar a solicitação da empresa para restabelecer o aumento de pessoas a bordo (POB) das unidades flutuantes 3R-2 (TLWP) e 3R-3 (FPSO).

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), segundo a petroleira, também autorizou a utilização da sonda instalada na 3R-2, antes da retomada da produção, o que possibilitará retomada do “workover” do poço PPT-051 para substituição de bomba centrífuga submersa (BCS).

Aneel contesta na justiça venda da Amazonas Energia à Âmbar

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) contestou judicialmente a transferência de controle da Amazonas Energia para a Âmbar, empresa do grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, alegando possível nulidade das assinaturas dos executivos no acordo.

A efetivação das assinaturas do termo de transferência da Amazonas Energia, conforme a ação judicial, ocorreu depois das 23h59 do dia 10 de outubro, quando a medida provisória publicada (MP) para a troca de controle da concessionária perdeu a validade. Porém, formalmente, a “data de inclusão” das assinaturas ocorreu às 23h58.

Fertilizantes Heringer hiberna plantas devido a baixo desempenho

A Fertilizantes Heringer decidiu hibernar duas de suas plantas, dado seu baixo desempenho financeiro e a baixa perspectiva de viabilidade econômica das unidades em meio ao contexto atual de mercado.

Serão hibernadas de forma gradual, com a redução progressiva de suas operações ao longo dos próximos meses, as plantas de Dourados, no Mato Grosso do Sul, e de RdC, em Sergipe, segundo fato relevante da companhia.

*Com informações da Reuters