Telefônica Brasil (VIVT3), Petrobras (PETR4), Azul (AZUL4) e outros destaques desta quinta-feira (30)
A votação de grupamento e posterior desdobramento das ações da Telefônica Brasil (VIVT3), o cancelamento de ações em tesouraria e números da reserva provada da Petrobras (PETR3;PETR4) e o iminente relatório de classificação de risco da S&P Global Ratings sobre Azul (AZUL4) são alguns dos destaques corporativos desta quinta-feira (30).
Confira os destaques corporativos de hoje (30)
Telefônica Brasil (VIVT3) convoca assembleia para votar grupamento e posterior desdobramento de suas ações
A Telefônica Brasil (VIVT3) propôs o agrupamento de 40 ações para uma, seguido de um desdobramento de uma para 80 ações, sem alteração no valor do capital social da companhia, segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Segundo a companhia, a proposta busca aumentar a liquidez das ações e otimizar a formação de seu preço, ampliando o volume de papéis negociados e ajustando sua cotação. A operação será submetida a uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) marcada para o dia 13 de março.
Na prática, a companhia vai manter em sua base de acionistas quem tem, pelo menos, 40 ações. O desdobramento servirá para deixar mais barato o preço nominal de cada papel, facilitando a negociação no mercado.
A Telefônica afirma que haverá uma definição sobre as datas de grupamento e desdobramento em até seis meses.
Após a definição, os acionistas terão um prazo de livre ajuste de posição de até 30 dias para compor suas ações em lotes inteiros de 40, a seu critério pessoal.
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Petrobras (PETR4) cancela ações mantidas em tesouraria
O conselho de administração da Petrobras (PETR3;PETR4) aprovou o cancelamento de 155.468.500 ações preferenciais mantidas em tesouraria, sem redução do capital social, adquiridas por meio de seu último programa de recompra de ações.
Ainda, a companhia informou o cancelamento de outras 72.909 ações preferenciais e 222.760 ações ordinárias em tesouraria, mantidas antes do programa de recompra.
Apesar da operação, não haverá redução do valor do capital social da petrolífera. Com o cancelamento, o capital social da empresa passa a ser dividido em 7.442.231.382 ações ordinárias e 5.446.501.379 ações preferenciais da Petrobras.
Segundo fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Petrobras convocará uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para refletir a nova quantidade de ações ordinárias e preferenciais em que se divide o capital social da empresa.
Petrobras (PETR4) diz que reservas provadas atingiram 11,4 bilhões de barris de óleo equivalente ao final de 2024
A Petrobras (PETR4) informou que suas estimativas de reservas provadas de óleo, condensado e gás natural resultaram em 11,4 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) em 31 de dezembro de 2024, segundo critérios da SEC. A estatal acrescentou em fato relevante que, deste total, 85% são de óleo e condensado e 15% de gás natural.
O índice de reposição de reservas (IRR) alcançado pela Petrobras em 2024 foi de 154%, com adição significativa de reservas (1,3 bilhão de boe), tendo “foco em ativos rentáveis e em alinhamento com a busca por uma transição energética justa”, afirmou a companhia.
Azul (AZUL4) informa sobre relatório de classificação de risco da S&P Global Ratings
A Azul (AZUL4) informou ao mercado que a S&P Global Ratings avaliará a nova estrutura de capital da empresa e provavelmente elevará os ratings (classificações) da aérea nos próximos dias.
Vale lembrar que a Azul divulgou nesta semana a conclusão de sua reestruturação de suas obrigações financeiras, o que inclui acordos com detentores de títulos, arrendadores e fabricantes — abatendo US$ 1,6 bilhão em dívidas.
A companhia também captou US$ 525 milhões adicionais (o que equivale a pouco mais de R$ 3 bilhões), em Notas Superprioritárias, com vencimento em 2030. Esse era o último passo da reestruturação, iniciada em 2024.
Com essas operações, a Azul afirmou que a alavancagem deve recuar de 4,8 vezes para 3,4 vezes a relação dívida líquida/Ebitda em relação ao nível do terceiro trimestre do ano passado.
IBM (IBMB34) supera estimativas de lucro apoiada em unidade de software
A IBM (IBMB34) superou as estimativas dos analistas para o lucro do quarto trimestre de 2024 (4T24). O resultado foi impulsionado pela demanda em sua unidade de software, que possui alta margem, à medida que as empresas aumentaram os gastos com tecnologia.
As ações da IBM chegaram a registrar alta de 10% no after market em Nova York, após a divulgação dos números.
O segmento de software da empresa registrou seu maior salto de receita em cinco anos, com clientes priorizando gastos com infraestrutura de nuvem em meio a uma corrida para adotar a tecnologia de inteligência artificial.
O “book of business” de IA da companhia, uma combinação de reservas e vendas de vários produtos, ficou em mais de US$ 5 bilhões desde sua concepção, um aumento de cerca de US$ 2 bilhões em relação ao terceiro trimestre.
Ações da Microsoft (MSFT34) caem com maiores gastos e crescimento abaixo do esperado do Azure
A Microsoft (MSFT34) reportou um crescimento mais lento do que o esperado para a sua unidade de computação em nuvem Azure, embora tenha superado as estimativas para a receita no trimestre encerrado em dezembro de 2024 como um todo e ampliado o uso de seus serviços de nuvem para inteligência artificial.
A receita da unidade Azure registrou um crescimento de 31% no trimestre, abaixo das estimativas da Visible Alpha de 31,8%.
As despesas de capital da Microsoft atingiram US$ 22,6 bilhões, acima da estimativa de consenso dos analistas de US$ 20,95 bilhões, segundo os dados da Visible Alpha.
Após a divulgação dos números, as ações da Microsoft caíam mais de 1% no after market de Nova York nesta quarta.
Meta (M1TA34) prevê receita abaixo das estimativas no primeiro trimestre de 2025 (1T25)
A Meta (M1TA34) projetou que sua receita do primeiro trimestre de 2025 (1T25) ficará abaixo das estimativas dos analistas de Wall Street. Este seria um sinal de que as apostas em ferramentas caras baseadas em inteligência artificial estão com dificuldades para atrair mais dólares em publicidade digital às suas plataformas.
A empresa espera uma receita trimestral entre US$ 39,5 bilhões e US$ 41,8 bilhões, contra estimativa média dos analistas de US$ 41,72 bilhões, de acordo com dados compilados pela LSEG.
A desaceleração nas vendas de publicidade digital da Meta, que respondem pela maior parte da sua receita, sugere um possível enfraquecimento no setor como um todo, à medida que as marcas se preparam para as políticas propostas nos Estados Unidos que podem desestabilizar a economia global.
*Com informações da Reuters