Radar do mercado

Petrobras (PETR4), Automob (AMOB3) e outros destaques desta quinta-feira (23)

23 jan 2025, 9:51 - atualizado em 23 jan 2025, 9:57
petrobras petr4
Petrobras e Automob estão entre os destaques corporativos desta quinta-feira (23) (Imagem: Kaype Abreu / Money Times)

Falas do ministro da Casa Civil, Rui Costa, sobre a Petrobras (PETR4) e mudanças no quadro executivo da Automob (AMOB3) são alguns dos destaques corporativos desta quinta-feira (23).

Confira os destaques corporativos de hoje (23)

Petrobras (PETR4) tem total liberdade para gestão e para definição de preços, diz Rui Costa

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que a Petrobras (PETR4) tem total liberdade para sua gestão e para a definição de preços dos combustíveis.

“A Petrobras tem, desde o início [do governo] do presidente Lula, total liberdade para gestão”, disse o ministro à CNN Brasil. “A Petrobras tem total liberdade para definição de preço”, disse.

O ministro lembrou ainda que a política de preços da estatal mudou neste mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que não é mais atrelada às flutuações do preço internacional.

Rafael Passos, sócio-fundador da Ajax Asset aponta esse como o principal ponto de preocupação em relação à petrolífera, considerando o fato de que a empresa não ajustou os preços domésticos dos combustíveis para refletir o recente aumento do petróleo Brent e a depreciação do real frente ao dólar.

Esse movimento trouxe uma disparidade de preços com modelos internacionais (desconto de 18% para o diesel e 10% para a gasolina). Em suma, PETR tem mantido abordagem mais cuidadosa para reajuste dos preços dos combustíveis, em meio de: maior volatilidade macro (preços do diesel nos EUA e câmbio, além do Brent); aumento do ICMS para gasolina/diesel em 1º de fevereiro; e Petrobras ter vendido combustível acima da paridade de importação por alguns meses durante o 2S24. Atualmente, Petrobras mantém lucratividade (USD 2/barril crack spread na gasolina e USD 14/barril no diesel).

Automob (AMOB3) tem mudanças no quadro executivo

Automob (AMOB3) informou ao mercado a renúncia de José Cezário Menezes de Barros Sobrinho do cargo de diretor de relações com investidores da companhia. O movimento é decorrente da reorganização societária envolvendo a companhia e a Vamos (VAMO3).

Conforme o comunicado, o conselho de administração elegeu Antonio da Silva Barreto Junior para ocupar o posto.

A empresa ainda esclarece que Jose Cezário permanecerá nos cargos de diretor financeiro e de relações com investidores da Vamos.

Usiminas (USIM5) lança emissão de US$ 500 mi a taxa de 7,75% e vencimento em 2032

A Usiminas (USIM5) confirmou a emissão de US$ 500 milhões em dívida a uma taxa de 7,75% e cupom de 7,50%, com vencimento em 2032, conforme comunicado ao mercado divulgado na noite de quarta-feira (22).

Os recursos serão utilizados para compra de notas em circulação com vencimento em 2026 e taxa de juros de 5,875%, e o montante restante será utilizado para fins corporativos gerais, disse a Usiminas no comunicado.

A operação, cuja conclusão está estimada para segunda-feira, é precificada pela subsidiária integral Usiminas International.

Segundo o IFR, serviço da Lseg, os coordenadores incluem Citi, Goldman Sachs, Itaú BBA, JPMorgan, UBS, BofA e Bradesco BBI.

‘A CVC está muito mais preparada para enfrentar ambientes financeiros e macroeconômicos desafiadores’, afirma CEO

Os últimos anos da empresa de turismo CVC Brasil (CVCB3) foram marcados por momentos de tensão. A empresa enfrentou os impactos da pandemia no setor de turismo, um ataque hacker que comprometeu as vendas, e prejuízos decorrentes de cancelamentos de cruzeiros e voos.

Além disso, no final de dezembro, as ações da companhia desabaram, refletindo a alta do dólar à vista em relação ao real.

O resultado foi uma sequência de 20 trimestres consecutivos de perdas. A recuperação se deu no terceiro trimestre de 2024, quando o balanço reportou lucro líquido de R$ 14,4 milhões. Na verdade, o ano passado foi fundamental para colocar a empresa de volta aos trilhos.

Em setembro, a CVC renegociou com debenturistas, estendendo o prazo de vencimento de suas dívidas em quatro anos. Como parte do acordo, foi realizada uma amortização extraordinária obrigatória de aproximadamente R$ 160 milhões, distribuídos proporcionalmente entre a 4ª e a 5ª emissões.

Outro passo importante foi a aprovação pelos acionistas de uma mudança no estatuto social para incluir a cláusula de “poison pill”. Essa regra exige que qualquer acionista ou grupo com mais de 25% de participação realize uma oferta pública de aquisição das ações remanescentes.

“Uma empresa precisa começar com seu balanço, resultado, contas de resultados e fluxo de caixa bem organizados, certo? Foi exatamente isso que priorizamos ao assumir a gestão da CVC”, afirma Fábio Godinho, CEO da companhia, em entrevista exclusiva para o Money Times.

*Com informações da Reuters

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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