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Itaúsa (ITSA4), Cemig (CMIG4), Eletrobras (ELET3) e outros destaques desta quarta-feira (18)

18 dez 2024, 9:59 - atualizado em 18 dez 2024, 9:59
itaúsa jcp
Itaúsa, Cemig e Eletrobras estão entre os destaques corporativos desta quarta-feira (18) (Imagem: Itausa)

A compra de ações da Itaúsa (ITSA4) pela BlackRock, o pagamento de juros sobre o capital próprio da Cemig (CMIG4) e a prorrogação da Eletrobras (ELET3) e governo para acordo pós-privatização são alguns dos destaques corporativos desta quarta-feira (18).

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Confira os destaques corporativos de hoje (18)

Itaúsa (ITSA4): Nas mínimas do ano, BlackRock compra ações

BlackRock elevou sua participação acionária na Itaúsa (ITSA4) para 5,23%. Com isso, a maior gestora de ativos do mundo passou a deter 357 milhões de papéis.

Como de praxe, a gestora disse que o objetivo das participações societárias é estritamente de investimento, não objetivando alteração do controle acionário ou da estrutura administrativa da companhia.

Negociada a R$ 9,04, a ação está na mínima do ano. O papel caiu 13% desde novembro, em meio à piora dos mercados. No ano, a queda soma 6%.

Cemig (CMIG4) pagará R$ 560 milhões em juros sobre o capital próprio

Cemig (CMIG4) deliberou pelo pagamento de R$ 560 milhões em juros sobre o capital próprio. Segundo o documento, o valor por ação será de R$ 0,19580751126, a ser pago em duas parcelas iguais, sendo:

  1. a primeira até 30 de junho de 2025;
  2. segunda até 30 de dezembro 2025;

Quem quiser aproveitar a bolada, terá até o dia 23 de dezembro para comprar o papel. Após isso, as ações serão negociadas ex-JCPs.

Eletrobras (ELET3) e governo querem ainda mais prazo para fechar acordo pós-privatização

Eletrobras (ELET3) e a União protocolaram no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para prorrogação, por mais 60 dias, do prazo para negociação para conclusão do acordo relacionado a aspectos de governança e participação na empresa, ainda num entrave pós-privatização da gigante do setor elétrico.

As tratativas ocorrem por meio de mediação instaurada na Câmara de Mediação e de Conciliação da Administração Pública Federal (CCAF) da AGU por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Nunes Marques.

Vale lembrar que o entrave com o governo Lula ainda remete ao processo de privatização realizada durante o governo Bolsonaro — que já completou dois anos. A União ingressou em maio de 2023 com Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra o dispositivo do estatuto da ex-estatal que limita a 10% o poder de voto de qualquer acionista.

Azul (AZUL4) lança ofertas de troca de dívidas em mais um passo na busca pela reestruturação

Azul (AZUL4) lançou ofertas de troca de dívidas como parte do seu processo de reestruturação e recapitalização. Segundo o documento, além das ofertas de troca de dívida com vencimentos em 2028, 2029 e 2030, a aérea pede aos credores a eliminação de termos restritivos, liberação de garantias e eliminação de eventos de inadimplência.

A Azul afirmou que a consumação das trocas de dívida está condicionada à participação de pelo menos 66,67% do valor principal em aberto de cada série dos títulos existentes e pelo menos 95% do valor principal do que chamou de “notas 2L”, além da emissão das chamadas “notas super prioritárias”.

O prazo para participação antecipada para as ofertas de troca é 7 de janeiro e o prazo final é 15 de janeiro, a menos que ocorra prorrogação. As operações preveem uma emissão de novas ações da Azul em três fases, com a companhia estimando que as primeiras ocorram até abril de 2025.

WEG (WEGE3) pagará R$ 334 milhões em juros sobre o capital próprio

WEG (WEGE3) pagará mais R$ 334 milhões em juros sobre o capital próprio. Segundo o comunicado, o valor por ação será de R$ 0,079764706 por ação. Com o imposto de renda, o valor cai para R$ 0,067800000. O pagamento ocorrerá em 12 de março de 2025.

Quem quiser aproveitar a bolada, terá até o dia 20 de dezembro para comprar o papel. A partir de 23 de dezembro de 2024, as ações serão negociadas “ex-juros sobre capital próprio”.

Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) afirma que não tem informações sobre posição de Tanure na varejista

O Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) afirmou que não tem conhecimento sobre a posição do empresário Nelson Tanure na companhia, segundo esclarecimento feito à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Nesta semana, os papéis da varejista registraram forte valorização em meio à notícia de um possível interesse em uma combinação de negócios entre a rede de supermercados Dia e o GPA.

Segundo fontes ouvidas pelo Valor Econômico, o investidor Nelson Tanure, que assumiu o controle da rede Dia, e os assessores do empresário já estão considerando um modelo operacional envolvendo o Pão de Açúcar.

AgroGalaxy (AGXY3) adia mais uma vez divulgação dos resultados do 3T24

Agrogalaxy (AGXY3), em recuperação judicial, adiou mais uma vez a divulgação dos seus resultados referentes terceiro trimestre de 2024 (3T24). Os números, que seriam publicados inicialmente em 13 de novembro, já haviam sido adiados para 19 de dezembro. A nova data da publicação ficou para 20 de janeiro de 2025.

De acordo com a empresa, o adiamento decorre exclusivamente do processo de reestruturação interna realizado, especialmente nos últimos 2 meses após o pedido de recuperação judicial, em que houve a redução da força de trabalho dedicada aos trabalhos de coleta e consolidação dos dados financeiros, além do aumento substancial da demanda da auditoria independente.

TIM (TIMS3) anuncia R$ 650 milhões em JCP, no valor de R$ 0,2685 por ação

O pagamento dos juros sobre capital próprio será realizado até o dia 23 de janeiro de 2025, com base na posição acionária de 23 de dezembro de 2024. As ações serão negociadas “ex-JSCP” a partir de 24 de dezembro de 2024.

O valor bruto de R$ 650 milhões será atribuído aos dividendos obrigatórios de 2024, conforme aprovação da Assembleia Geral Ordinária de 2025, mas poderá ser alterado em razão da variação de ações em tesouraria para atendimento ao Plano de Incentivo de Longo Prazo da Companhia.

BRF (BRFS3) adquire 50% da Gelprime, de gelatina e colágeno, por R$ 312,5 milhões

BRF (BRFS3) celebrou acordo para adquirir 50% do capital social da Gelprime, sociedade que produz, comercializa e distribui gelatina e colágeno através do processamento de matéria-prima de origem animal. O preço pago pelo frigorífico foi de R$ 312,5 milhões, sujeito a eventuais ajustes.

Segundo a BRF, a transação é assertiva para a estratégia de maior participação de produtos de valor agregado no portfólio, possibilitando expansão de rentabilidade e diversificação de negócios.

BRF (BRFS3): S&P eleva rating global de crédito para positivo por expectativa de baixa alavancagem

A agência classificadora de risco S&P Global alterou a perspectiva do rating de crédito de emissor de longo prazo da BRF (BRFS3) na escala global de estável para positiva.

Ao mesmo tempo, a agência reafirma os ratings ‘BB’ na escala global e ‘brAAA’ na Escala Nacional Brasil da empresa, bem como o seu rating de emissão ‘BB’ atribuídos às suas senior notes.

“Esperamos que os preços das matérias-primas aumentem em 2025, o que, juntamente com o maior volume de produção da indústria, reduzirá as margens para perto de 14%, mas manterá a alavancagem abaixo de 2,0x, apesar do aumento dos investimentos (capex) e dividendos”, dizem os analistas.

Carrefour Brasil (CRFB3) conclui captação de R$ 3 bilhões para alongar perfil de dívida

Carrefour Brasil (CRFB3) concluiu a captação de R$ 3 bilhões em recursos, por meio da emissão de debêntures e empréstimos com bancos estrangeiros.

A iniciativa tem como objetivo alongar o perfil da dívida da companhia e antecipar as renegociações de compromissos financeiros previstos para 2025.

A captação foi realizada em diferentes modalidades, com prazos e taxas variadas:

  • R$ 250 milhões a 1 ano, com taxa de 99,6% do CDI
  • R$ 500 milhões a 1 ano e 9 meses, com taxa de 101,0% do CDI
  • R$ 750 milhões a 2 anos, com taxa de 101,9% do CDI
  • R$ 1,5 bilhão em debêntures a 3 anos, com taxa de CDI + 0,6%

No total, a captação tem um prazo médio de 2,5 anos e uma taxa média equivalente a CDI + 0,4%.

CSU Digital (CSUD3) anuncia R$ 7,4 milhões em JCP

A CSU Digital (CSUD3) anunciou a distribuição de R$7,4 milhões em juros sobre capital próprio (JCP), correspondentes a R$ 0,1792 por ação, relativos ao 4º trimestre de 2024.

O pagamento dos juros sobre capital próprio será realizado no dia 6 de janeiro de 2025, com base na posição acionária de 20 de dezembro de 2024. As ações serão negociadas “ex-JCP” a partir de 23 de dezembro de 2024.

O valor bruto de R$ 7,4 milhões será atribuído aos dividendos obrigatórios de 2024, conforme aprovação da Assembleia Geral Ordinária de 2025.

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.