Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG3), Brava Energia (BRAV3) e outros destaques desta sexta-feira (21)

O pagamento de juros sobre o capital pelo Bradesco (BBDC4) e Cemig (CMIG4) e o balanço referente ao quarto trimestre de 2024 da Brava Energia (BRAV3) são alguns dos destaques corporativos desta sexta-feira (21).
Confira os destaques corporativos de hoje
Bradesco (BBDC4) pagará R$ 2,3 bilhões em juros sobre capital próprio
O Bradesco (BBDC4) pagará R$ 2,3 bilhões em juros sobre o capital próprio. Segundo o comunicado da empresa, o valor por ação será de R$ 0,176045619 por ação ordinária e R$ 0,193650180 por ação preferencial, já deduzido o Imposto de Renda na Fonte de 15%.
O investidor que quiser ter direito ao pagamento, tem até o dia 31 de março para comprar o papel. A partir de 1º de abril, a ação passará a ser negociada ‘ex-JCPs’; o pagamento ocorrerá até 31 de outubro.
- E MAIS: Um resumo do mercado financeiro durante o seu almoço – Giro do Mercado mostra diariamente, ao vivo, as informações mais relevantes para os seus investimentos
Cemig (CMIG4) pagará R$ 541 milhões em juros sobre capital próprio
A Cemig (CMIG4) pagará R$ 541 milhões em juros sobre o capital próprio. O valor por ação será de R$ 0,18, a ser pago em duas parcelas, sendo:
- a primeira até 30 de junho de 2026;
- e a segunda até 30 de dezembro de 2026;
O investidor que quiser ter direito ao pagamento, terá até o dia 25 de março para comprar o papel. A partir de 26, a ação passará a ser negociada ‘ex-JCPs’.
Ainda, a companhia reportou seus resultados do quarto trimestre de 2024, com lucro líquido consolidado de R$ 998 milhões, o que representa uma queda de 47,1% ante o reportado em igual intervalo de 2023. No acumulado de 2024, o lucro líquido foi de R$ 7,1 bilhões, alta de 23,4% ante 2023.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciação) consolidado em IFRS somou R$ 1,914 bilhão entre outubro e dezembro, montante 21,9% menor que o reportado um ano antes. No ano, o Ebitda cresceu 32,3% ante 2023, para R$ 11,254 bilhões.
A receita líquida da empresa cresceu 12,3% nos últimos três meses do ano ante igual etapa de 2023, para R$ 11,777 bilhões. Em 2024, a receita líquida chegou a R$ 39,819 bilhões, alta de 8% ante o ano anterior.
O resultado financeiro consolidado ficou negativo em R$ 396,4 milhões no quarto trimestre, em comparação a uma despesa financeira de R$ 98 milhões do mesmo período de 2023.
Brava Energia (BRAV3) reverte lucro e registra prejuízo líquido de R$ 1,02 bilhão no 4T24
A Brava Energia (BRAV3) reportou um prejuízo líquido pró-forma de R$ 1,02 bilhão no quarto trimestre de 2024. O montante representa uma reversão do lucro de R$ 474,7 milhões registrado no mesmo período em 2023.
O resulto veio pior do que o estimado pelo mercado, que aguardava um prejuízo de R$ 401 milhões, segundo consenso reunido pela Bloomberg.
Segundo a companhia, fruto da fusão entre a 3R Petroleum e Enauta, o resultado está atrelado à desvalorização cambial do período, “sendo um evento de natureza exclusivamente contábil, sem efeito caixa”.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, que mensura o potencial de geração de caixa operacional, somou R$ 505,2 milhões no quarto trimestre de 2024, um recuo de 41% ante um ano antes.
A margem Ebitda ajustada ficou em 25,9% no período, uma queda de 11,7 pontos percentuais ante o 4T23.
B3 (B3SA3) pagará R$ 327,5 milhões em juros sobre o capital próprio
O conselho de administração da B3 (B3SA3) aprovou o pagamento de R$ 327,5 milhões em juros sobre o capital próprio (JCP) aos acionistas da companhia, equivalentes ao valor bruto de R$ 0,06257740 por ação.
Sobre o pagamento de JCP há incidência de 15% de imposto de renda retido na fonte, dessa forma, o valor bruto por ação é de R$ 0,05319079, considerando o número de ações em circulação em 5 de março de 2025. No caso daqueles isentos, é preciso comprovar o direito.
Conforme informou a B3, os valores por ação são estimativas e podem mudar devido à venda de ações em tesouraria ou aquisição de ações dentro do programa de recompra.
Farão jus aos juros sobre o capital próprio anunciado aqueles com posição acionária a companhia em 25 de março de 2025. O pagamento ocorrerá em 7 de abril. A negociação das ações será “ex-JCP” a partir do dia 26 de março de 2025.
Petz (PETZ3) reverte lucro e registra prejuízo de R$ 43 milhões no 4T24
A Petz (PETZ3) reverteu lucro e registrou um prejuízo líquido de R$ 43,1 milhões no quarto trimestre de 2024, ante resultado positivo de R$ 5,1 milhões no mesmo período em 2023.
O resultado veio abaixo das estimativas do mercado, que apontavam para um lucro líquido de R$ 20 milhões, de acordo com consenso reunido pela Bloomberg.
No acumulado de 2024, a empresa teve prejuízo de R$ 27 milhões e reverteu o lucro de R$ 35,9 milhões ante 2023.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, que mensura o potencial de geração de caixa operacional, subiu 24,8% a R$ 83,3 milhões no 4T24.
A receita líquida totalizou R$ 878,7 milhões no período entre outubro e dezembro de 2024, um avanço de 7,1% na comparação anual. No acumulado do ano, o indicador somou R$ 3,3 bilhões, alta de 4,7%.
Bradespar (BRAP4) propõe pagamento de R$ 350 milhões em dividendos complementares
A Bradespar (BRAP4), companhia de investimentos que detém participação na Vale (VALE), anunciou que seu Conselho de Administração, em reunião realizada no dia 19 de março de 2025, encaminhou a proposta de pagamento de dividendos complementares no valor de R$ 350 milhões.
A proposta será discutida e votada nas Assembleias Gerais de 25 de abril. Caso seja aprovada, a distribuição beneficiará os acionistas que estiverem registrados até essa data, disse a companhia.
O pagamento será realizado no dia 15 de maio de 2025, com valores de R$ 0,84 por ação ordinária e R$ 0,92 por ação preferencial. Esses dividendos não estarão sujeitos à retenção de Imposto de Renda na Fonte.
As ações da companhia passarão a ser negociadas “ex-dividendos” a partir de 28 de abril de 2025.
A Bradespar também confirmou que os Juros sobre o Capital Próprio (JCP) declarados em 16 de dezembro de 2024, no montante de R$ 80 milhões, também serão pagos em 15 de maio de 2025.
Com isso, de acordo com a companhia, a distribuição total aos acionistas referente ao exercício de 2024 será de R$ 912 milhões.
Cyrela (CYRE3) dobra lucro a R$497 milhões no 4T24
A Cyrela (CYRE3) informou que dobrou seu lucro líquido no quarto trimestre de 2024 (4T24) na comparação com o mesmo período de 2023, em resultado acima do esperado pelo mercado.
A construtora reportou lucro líquido de R$497 milhões nos meses de outubro a dezembro, o dobro do lucro de um ano antes, superando projeção de analistas de R$455,5 milhões, segundo média das estimativas compiladas pela LSEG.
A receita líquida da companhia no trimestre, de R$2,5 bilhões, veio pouco acima da expectativa de analistas de R$2,4 bilhões. O desempenho representou uma alta de 47% sobre o faturamento do quarto trimestre de 2023.
O resultado financeiro, que é o saldo entre as receitas e as despesas financeiras, gerou uma receita de R$ 17 milhões, 51% menor do que o apurado no quarto trimestre de 2023.
Em queda na bolsa, Natura (NTCO3) propõe reestruturação societária
A Natura (NTCO3), que enfrenta turbulência na bolsa, com tombo histórico de quase 30% após resultados frustrantes, vai propor uma reorganização societária que inclui incorporar a companhia em sua subsidiária integral, a Natural Cosméticos.
Segundo a Natura, a nova estrutura dará melhor governança e resultará em uma estrutura mais eficiente que deverá destravar valor para seus acionistas, especialmente ao viabilizar uma futura distribuição dos lucros da Natura Cosméticos S.A.
Direcional Engenharia (DIRR3) informa reorganização societária sem alteração de controle
A Direcional Engenharia (DIRR3) informou que sofreu uma reorganização societária envolvendo a Filadélphia Participações, acionista relevante da companhia.
De acordo com o fato relevante, a empresa foi dividida totalmente, e seus ativos foram transferidos para as duas novas empresas, a PHPH Holding e a Share Holding, ambas de Belo Horizonte.
Com a operação, cada uma das novas empresas passou a deter 12,8% das ações da Direcional, totalizando 25,6% do capital da companhia, fatia anteriormente detida pela Filadélphia.
Para garantir a continuidade da governança, os novos acionistas firmaram um acordo de voto, com prazo inicial de 10 anos e possibilidade de prorrogação automática. O acordo assegura que as decisões estratégicas da Direcional serão mantidas pelos acionistas fundadores, incluindo Ricardo Valadares Gontijo e Ana Lúcia Ribeiro Valadares Gontijo.
Automob (AMOB3) tem prejuízo de R$ 101 milhões no quarto trimestre de 2024
O grupo de concessionárias de veículos Automob (AMOB3) teve prejuízo líquido de R$ 101 milhões no quarto trimestre (4T24), revertendo resultado ligeiramente positivo de um ano antes, em balanço divulgado na noite da véspera que mostrou queda no desempenho operacional e margem negativa.
A companhia, controlada pela holding Simpar e que foi criada no final do ano passado, teve resultado operacional medido pelo Ebitda de R$ 62 milhões, quedas de 27,3% sobre um ano antes e de 52% no comparativo trimestral. A margem que era de 0,8% no quarto trimestre de 2023 passou a 3,1% negativos nos três meses encerrados em dezembro do ano passado.
Em termos ajustados, a empresa teve prejuízo de R$ 7 milhões no quarto trimestre e o Ebitda foi de R$ 127 milhões ante R$ 67 milhões um ano antes.
A Automob afirma ser o “maior e mais diversificado grupo de concessionárias de veículos leves e pesados do Brasil” e a única do setor listada na B3. A empresa encerrou 2024 com 192 lojas e 35 marcas.
*Com informações do Estadão Conteúdo e Reuters