Banco do Brasil (BBAS3), Americanas (AMER3), Raízen (RAIZ4) e outros destaques desta quinta-feira (13)
Os resultados referentes ao terceiro trimestre de 2025 do Banco do Brasil (BBAS3) e Americanas (AMER3), e a revisão da perspectiva de rating da Raízen (RAIZ4) pela Moody’s Local Brasil são alguns dos destaques corporativos desta quinta-feira (13).
Confira os destaques corporativos de hoje
Banco do Brasil (BBAS3): Lucro tomba mais 60% no 3T25, a R$ 3,8 bi
O Banco do Brasil (BBAS3) terminou o terceiro trimestre de 2025 com lucro líquido ajustado de R$ 3,8 bilhões, queda de 60% ante o mesmo período do ano passado, mostra documento enviado ao mercado nesta quarta (12).
A cifra ficou dentro do esperado pelas projeções de analistas. Estimativas compiladas pela LSEG apontavam R$ 3,708 bilhões.
É o terceiro recuo dos números após 16 trimestres consecutivos de crescimento anual do lucro. Além disso, foi o único, entre os grandes bancos, a apresentar redução.
Um conjunto de fatores, que incluem a piora da inadimplência do agronegócio e a nova resolução da CMN nº 4.966/2021, que endureceu e obrigou os bancos a elevarem as provisões para calotes, fez o banco passar de queridinho do mercado para um grande ponto de interrogação.
Banco do Brasil (BBAS3) pagará R$ 410,5 milhões em juros sobre o capital próprio
O Banco do Brasil (BBAS3) aprovou mais uma rodada de proventos, sendo R$ 410 milhões em juros sobre o capital próprio, mostra documento enviado ao mercado na quarta-feira (12).
Segundo o documento, o valor por ação será de R$ 0,07192713139.
Os valores serão pagos em 11 de dezembro. Quem quiser aproveitar o dinheiro, tem até 01 de dezembro para comprar o papel. As ações serão negociadas “ex” a partir de 2 de dezembro.
Americanas (AMER3) tem queda de 11,6% em vendas no 3T25
A Americanas (AMER3) mostrou no terceiro trimestre de 2025 forte retração nas operações online e o impacto da normalização de efeitos contábeis que haviam inflado o lucro no ano anterior, de acordo com balanço divulgado na quarta-feira (12).
O GMV digital da varejista somou R$ 167 milhões, uma queda de 74,6% em relação ao mesmo período de 2024. Em contrapartida, o GMV físico ficou praticamente estável em R$ 3,4 bilhões. No consolidado, o volume bruto de vendas (GMV total) caiu 11,6%, para R$ 3,7 bilhões.
A receita líquida totalizou R$ 2,7 bilhões, recuo leve de 1% na base anual, enquanto o lucro bruto diminuiu 9,2%, com margem bruta de 29,1% — queda de 2,7 pontos percentuais em relação a um ano antes.
O lucro líquido da Americanas despencou 96,4%, para R$ 367 milhões, refletindo a ausência de ganhos contábeis não recorrentes observados no terceiro trimestre de 2024, quando a empresa registrou efeitos extraordinários ligados ao haircut de dívidas de fornecedores e à recuperação judicial.
Apesar do tombo no lucro líquido, o Ebitda ajustado avançou 152,7%, para R$ 561 milhões, indicando melhora operacional após a exclusão dos efeitos extraordinários.
Raízen (RAIZ4): Moody’s Local Brasil mantém rating ‘AAA.br’, mas muda perspectiva para negativa
A Raízen (RAIZ4) informou ao mercado, na noite de quarta-feira (12), que a agência classificadora de risco Moody’s Local Brasil manteve os ratings (classificação de crédito) AAA.br da companhia, mas revisou a perspectiva de estável para negativa.
Em relatório, a agência afirma que a revisão reflete a significativa deterioração das métricas de crédito da companhia, diante do enfraquecimento dos resultados operacionais e aumento do endividamento bruto.
“A agência entende que uma recuperação das métricas de crédito depende de iniciativas que visam fortalecer a estrutura de capital da companhia, como a realização de desinvestimentos e aportes de capital. No entanto, as incertezas quanto ao montante, à estrutura e ao momento dessas entradas de caixa adicionam riscos de execução no processo de desalavancagem da Raízen”, dizem os analistas da Moody’s Local Brasil.
Já a manutenção do rating da Raízen no nível mais alto (AAA.br) reflete o que a Moody’s aponta como um robusto perfil de negócios, suportado pela elevada escala, forte posição competitiva nos negócios de açúcar e álcool, distribuição de combustível e ampla diversificação.
Casas Bahia (BHIA3) amplia prejuízo no 3T25, para R$ 496 milhões
A Casas Bahia (BHIA3) registrou prejuízo líquido de R$ 496 milhões no 3T25, aumento em relação aos R$ 369 milhões do mesmo período do ano passado. Apesar do resultado negativo, a companhia mostrou melhora operacional, com crescimento nas frentes de receita.
O GMV consolidado subiu 8,5% ante o 3T24, para R$ 10,5 bilhões, um acréscimo de R$ 825 milhões. No acumulado do ano, o crescimento chega a R$ 2,5 bilhões sobre 2024, impulsionado pelas categorias principais.
As lojas físicas avançaram 5,9% em GMV e 7,8% em vendas nas mesmas lojas. O e-commerce cresceu 12,7%, quarto trimestre consecutivo de alta, com destaque para o 1P online (+9,2%), o melhor desempenho em 15 trimestres, e o 3P (+17,7%), cuja receita aumentou 19%, com take rate de 13,2%.
A receita líquida avançou 7,3% na base de comparação anual, para R$ 6,9 bilhões.
O Ebitda ajustado somou R$ 587 milhões, alta de 19,6%, com margem de 8,5% (+0,8 p.p.), e o EBIT cresceu 57%, para R$ 282 milhões, com margem de 4,1%.
MRV&Co (MRVE3) revisa projeções e diz que geração de caixa ficará abaixo do esperado em 2025
A MRV&Co (MRVE3), conglomerado que reúne as marcas MRV, Resia, Urba e Luggo, informou, por meio de fato relevante, que suas projeções (guidance) de geração de caixa para 2025 não serão alcançadas.
Segundo o grupo, o resultado do ano foi impactado por um descasamento de cerca de 5,2 mil unidades entre produção e repasse, o que afetou a entrada de recursos ao longo dos meses.
Em relação à projeção de lucro líquido da MRV Incorporação, a companhia disse que, caso os gargalos dos cheques regionais sejam integralmente resolvidos e a dinâmica de repasses até o fim do ano se mantenha no ritmo atual, a empresa poderá alcançar o piso do guidance de lucro.
A MRV&Co reportou lucro líquido ajustado e consolidado de R$ 111,1 milhões no terceiro trimestre de 2025, alta de 6,5 vezes frente aos R$ 17,3 milhões registrados no mesmo período de 2024.
A melhora no balanço do grupo foi puxada justamente pela MRV, principal divisão de negócios, que mostrou avanço no faturamento, margem e resultado líquido, embalada pelo momento favorável dentro do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
A incorporação teve lucro líquido ajustado de R$ 204 milhões, alta de 168% na mesma base de comparação anual.
Simpar (SIMH3) tem prejuízo de R$ 119 milhões no 3º trimestre
A holding Simpar (SIMH3) teve prejuízo líquido de R$ 119 milhões no terceiro trimestre de 2025, revertendo um lucro de R$ 159,9 milhões anunciados um ano antes, segundo balanço divulgado na quarta-feira (12).
A companhia, que tem em seu poprtifólio as empresas JSL, Movida, Vamos, Automob, CS Infra, Ciclus Ambiental, CS Brasil e BBC, apurou um resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado de R$ 3,10 bilhões, avanço de 14,2% sobre o terceiro trimestre do ano passado, batendo mais um recorde.
A margem Ebitda subiu 2,1 p.p. na comparação anual e atingiu 27,5%. A receita líquida de julho ao final de setembro cresceu 4,8% no período, para R$ 11,4 bilhões, segundo o balanço.
Já a dívida líquida da Simpar encerrou em R$ 3,2 bilhões, 8,1% menor que no 3T24. A alavancagem medida pela relação dívida líquida/Ebitda ficou em 3,5 vezes ante 3,7 vezes um ano antes.
Allos (ALOS3) tem alta de 25,6% no lucro líquido do 3º tri e anuncia dividendos de 2025 e 2026
A Allos (ALOS3), uma das maiores administradoras de shopping centers do Brasil, teve lucro líquido de R$ 126 milhões no terceiro trimestre, alta de 25,6% sobre o desempenho de um ano antes, segundo balanço divulgado na quarta-feira (12).
A companhia apurou um resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado de R$ 502,4 milhões, avanço de 8,5% sobre o terceiro trimestre do ano passado.
Analistas, em média, esperavam Ebitda de R$ 498 milhões no período, segundo dados da IBES, da LSEG.
A receita líquida de julho ao final de setembro cresceu 6,6% no período, para R$ 680 milhões, segundo o balanço.
Moura Dubeux (MDNE3) anuncia R$ 50,7 milhões em dividendos, após alta de 32% no lucro trimestral
A Moura Dubeux Engenharia (MDNE3) informou na quarta-feira (12) que seu Conselho de Administração aprovou a distribuição de dividendos no valor total de R$ 50,7 milhões, o equivalente a R$ 0,60 por ação ordinária.
Terão direito ao pagamento os acionistas posicionados em 14 de novembro de 2025, inclusive. As ações passam a ser negociadas ex-dividendos a partir de 17 de novembro.
O pagamento será feito em 26 de novembro de 2025, em moeda corrente nacional, sem atualização monetária ou juros entre a data da declaração e o efetivo crédito, disse a companhia.
Há pouco, a construtora informou que teve lucro líquido de R$ 117,6 milhões no terceiro trimestre, o que representa alta de 32,1% em relação ao mesmo período do ano passado.
Equatorial (EQTL3) tem lucro líquido ajustado de R$ 830 milhões no 3º trimestre
A Equatorial (EQTL3) teve lucro líquido ajustado de R$ 830 milhões no terceiro trimestre de 2025, alta de 4,9% sobre o desempenho de um ano antes, segundo balanço divulgado na quarta-feira (12).
A companhia apurou um resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado de R$ 3,48 bilhões, avanço de 18,6% sobre o terceiro trimestre do ano passado.
Analistas, em média, esperavam Ebitda de R$ 3,15 bilhões para a copanhia no período, segundo dados da IBES, da LSEG.
A receita operacional líquida de julho ao final de setembro cresceu 14,4% no período, para R$ 14,1 bilhões, segundo o balanço.
Copel (CPLE6) tem queda de 68,5% no lucro líquido do 3º trimestre
A Companhia Paranaense de Energia (CPLE6) teve lucro líquido de R$ 383,1 milhões no terceiro trimestre de 2025, queda de 68,5% sobre o desempenho de um ano antes, de acordo com balanço divulgado na quarta-feira (12).
A Copel apurou um resultado operacional medido pelo Ebitda recorrente de R$ 1,3 bilhão, avanço de 7,8% sobre o terceiro trimestre do ano passado.
A receita operacional líquida de julho ao final de setembro cresceu 18,7% no período, para R$ 6,8 bilhões, segundo o balanço.
A alavancagem, excluindo os efeitos da aquisição da UHE Baixo Iguaçu, ficou em 2,8 vezes a dívida líquida/Ebitda, segundo a empresa.
Randon (RAPT4) tem queda de 81% no lucro do 3º trimestre
A Randon (RAPT4) teve lucro líquido de R$ 23,1 milhões no terceiro trimestre de 2025, queda de 81% sobre o desempenho de um ano antes, pressionada em parte pela fraqueza das vendas de caminhões no Brasil, segundo balanço divulgado na quarta-feira (12).
A fabricante de implementos rodoviários apurou um resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado de R$ 478 milhões, avanço de apenas 1% sobre o terceiro trimestre do ano passado.
A receita líquida de julho ao final de setembro cresceu 9,9% no período, para R$ 3,4 bilhões, segundo o balanço.
O queda forte no lucro se deu pela retração da demanda nos principais mercados de atuação, disse a empresa, citando ainda o atual patamar de juros no país, que dificulta financiamentos de veículos como caminhões, que usam os implementos fabricados pela companhia.
Ultra (UGPA3) tem resultado acima do esperado no 3º trimestre com lucro de R$ 772 milhões
O grupo Ultra (UGPA3) teve lucro de R$ 772 milhões no terceiro trimestre de 2025, alta de 11% sobre o resultado de um ano antes, em um desempenho que contou com efeitos da operação Carbono Oculto no final de agosto contra o mercado ilegal de combustíveis.
A companhia, que controla a rede de postos de combustíveis Ipiranga, apurou um resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 1,95 bilhão entre julho e o fim de setembro, alta de 27% na mesma comparação.
Em termos ajustados e recorrentes, a Ultra teve Ebitda de R$ 1,78 bilhão no terceiro trimestre, crescimento de 18% sobre o desempenho de um ano antes.
Analistas, em média, esperavam lucro de R$508 milhões para o terceiro trimestre, com Ebitda de R$ 1,7 bilhão, segundo dados compilados pelo IBES, da LSEG.
Auren (AURE3) tem prejuízo de R$ 403 milhões no 3T25
A Auren (AURE3) registrou mais um trimestre de prejuízo na última linha do balanço, em meio a impactos negativos relacionados à geração de suas usinas renováveis e hidrelétricas, mas vem se beneficiando da arrumação interna após integração da AES e vê espaço para mais ganhos com uma potencial reorganização societária, disseram executivos da companhia à Reuters.
A elétrica controlada por Votorantim e CPP Investments divulgou nesta quarta-feira um prejuízo líquido de R$403,7 milhões no terceiro trimestre, revertendo a cifra positiva de R$197,2 milhões registrada um ano antes.
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da geradora somou R$664,3 milhões, recuo de 34,2% na base anual. No critério ajustado, excluindo efeitos como marcação a mercado de contratos de energia, o Ebitda ficou em R$772,7 milhões, queda de 10,4%.
PagBank tem lucro recorrente de R$ 571 milhões no 3T25 e anuncia novo CEO
O PagBank registrou lucro líquido recorrente de R$571 milhões no terceiro trimestre, resultado estável se comparado com o mesmo período do ano anterior, segundo balanço divulgado pela empresa na quarta-feira (12).
A receita líquida total do banco digital do UOL somou R$3,4 bilhões, um avanço de 14,4% em relação ao terceiro trimestre de 2024.
No mesmo período, a carteira de crédito subiu 30%, para R$4,2 bilhões, enquanto o número total de clientes somou 33,7 milhões, uma alta de 5% na comparação anual.
O indicador de rentabilidade ROAE do PagBank ficou em 15,1%.
*Com informações da Reuters