Azul (AZUL4), Copel (CPLE3), Ambipar (AMBP3) e outros destaques desta segunda-feira (22)
A convocação de assembleia que pode acabar com as ações preferenciais da Azul (AZUL4), a conclusão da migração da Copel (CPLE3) para o Novo Mercado da B3 e a aprovação do plano de recuperação judicial pela Ambipar (AMBP3) são alguns dos destaques corporativos desta sexta-feira (22).
Confira os destaques corporativos de hoje
Adeus, AZUL4? Aérea convoca assembleias para acabar com ações preferenciais
O conselho de administração da Azul (AZUL4) convocou uma Assembleia Geral Extraordinária e uma Assembleia Especial em 12 de janeiro de 2026 para deliberar sobre o fim de suas ações preferenciais e transformar todo o capital da companhia em ações ordinárias, movimento que faz parte do plano de recuperação judicial que a aérea enfrenta nos Estados Unidos (Chapter 11).
A proposta da companhia prevê que cada ação preferencial (AZUL4) seja convertida em 75 ações ordinárias (AZUL3). Segundo o comunicado ao mercado, a proporção foi estabelecida pela administração com base na relação econômica existente entre as ações preferenciais e as ações ordinárias.
Vale lembrar que a principal diferença entre os dois tipos é que a preferencial concede direito de preferência no recebimento de dividendos, enquanto a ordinária dá direito a voto em assembleias. Com a proposta, a Azul visa ter seu capital completamente composto por ações ordinárias.
Para que se concretize, a proposta precisa da aprovação de dois grupos, que deverão se posicionar nas assembleias marcadas para o mesmo dia. Aqueles que detêm ações preferenciais devem aprovar a conversão, enquanto os acionistas ordinários precisam confirmar a decisão.
Copel (CPLE3) conclui migração para Novo Mercado da B3
A Copel (CPLE3) informou ao mercado nesta segunda-feira (22) a conclusão de seu processo de migração para o Novo Mercado da B3, segmento que representa o mais elevado padrão de governança corporativa do mercado brasileiro.
Por conta disso, a partir de hoje, a companhia passará a ter exclusivamente ações ordinárias, negociadas sob o código CPLE3. Esse tipo de ação é o que dá ao acionista direito a voto.
De acordo com a companhia, o movimento consolida uma estrutura societária mais simples, transparente e alinhada às melhores práticas de mercado.
A Copel afirmou ainda que a entrada no Novo Mercado reflete seu compromisso estratégico com “a excelência em governança e com a geração de valor de longo prazo”.
Ambipar (AMBP3) aprova plano de recuperação judicial e leva proposta à Justiça
O conselho de administração da Ambipar (AMBP3) aprovou, na sexta-feira (19), os termos e condições do plano de recuperação judicial do Grupo Ambipar. A proposta foi protocolada no processo que tramita na 3ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro.
O plano abrange a Ambipar e suas afiliadas, incluindo a Environmental ESG, e estabelece as principais medidas voltadas à superação da atual situação econômico-financeira do grupo.
Segundo as companhias, o plano de recuperação judicial foi estruturado em conjunto com assessores financeiros e jurídicos, com foco na preservação da atividade empresarial e no cumprimento da função social da empresa.
Entre os objetivos estão a manutenção da normalidade das operações, a continuidade da prestação de serviços aos clientes e parceiros e a preservação dos postos de trabalho.
Isa Energia (ISAE4) pagará R$ 495,3 milhões em Juros sobre o Capital Próprio
A Isa Energia Brasil (ISAE4) aprovou na sexta-feira (19) o pagamento de Juros sobre o Capital Próprio (JCP) no valor total de R$ 495,3 milhões, conforme decisão do Conselho de Administração.
O valor corresponde a R$ 0,75 por ação, tanto ordinária (ISAE3) quanto preferencial (ISAE4), sujeito à retenção de 15% de Imposto de Renda na fonte, exceto para acionistas isentos, imunes ou com tributação diferenciada.
O JCP será pago em três parcelas iguais, de aproximadamente R$ 165,1 milhões cada. Em termos unitários, cada parcela equivale a cerca de R$ 0,25 por ação em valor bruto e R$ 0,21 por ação em valor líquido.
A primeira parcela terá data-base em 29 de dezembro de 2025, com as ações passando a ser negociadas “ex-direito” em 30 de dezembro, e pagamento previsto para 28 de janeiro de 2026.
Entidades dizem que greve já custa cerca de R$ 200 milhões em E&P por dia à Petrobras (PETR4)
A greve dos trabalhadores da Petrobras (PETR4), iniciada na última segunda-feira (15), custa cerca de R$ 200 milhões por dia somente na área de Exploração e Produção (E&P), de acordo com levantamento preliminar do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Procurada, a Petrobras não comentou imediatamente o assunto.
Nos seis primeiros dias de greve, a produção teria registrado uma queda acumulada estimada em cerca de 300 mil barris de petróleo e gás. Somente na área de Exploração e Produção (E&P), a redução é estimada em aproximadamente US$ 18 milhões por dia, o equivalente a cerca de R$ 100 milhões diários.
No segmento de refino, as perdas seriam de aproximadamente R$ 90 milhões por dia. Os cálculos são do economista do Dieese, Cloviomar Cararine.
Os dados oficiais de produção, apurados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), são divulgados com cerca de uma semana de defasagem. Desde o início do movimento grevista, a companhia tem afirmado que não há impacto na produção de petróleo e derivados.
Cosan (CSAN3) e Shell discutem injeção de R$ 10 bi na Raízen (RAIZ4), diz agência
A Raízen (RAIZ4) intensificou as negociações para reforçar sua estrutura de capital após o agravamento da percepção de risco financeiro da companhia, evidenciado pela forte desvalorização de seus títulos de dívida no exterior. As informações são da Bloomberg.
Segundo pessoas a par das conversas, Shell e Cosan (CSAN3) — acionistas controladoras da empresa — avaliam, junto com o BTG Pactual Holding, uma possível injeção de capital que pode chegar a R$ 10 bilhões. As discussões também incluem a entrada de eventuais investidores terceiros.
Paralelamente, a companhia avança em um plano de desinvestimentos que pode somar cerca de R$ 10 bilhões, incluindo a venda da refinaria que possui na Argentina. A combinação entre venda de ativos e aporte de capital é vista como fundamental para fortalecer o balanço da empresa.
O movimento ocorre em um momento sensível para a Raízen, líder na distribuição de combustíveis no país. A situação financeira da companhia tem gerado tensões entre credores e acionistas, especialmente no que diz respeito à reestruturação de dívidas.
WEG (WEGE3) anuncia pagamento de R$ 5,2 bilhões em dividendos até 2028
A WEG (WEGE3) anunciou, na tarde de sexta-feira (19), a aprovação do pagamento de R$ 5,2 bilhões em dividendos em reunião de seu conselho de administração.
Segundo comunicado divulgado ao mercado, o valor corresponde R$ 1,238495 por ação e terá como base a reserva de lucros apurados até 30 de setembro de 2025.
Os proventos serão repassados em três parcelas anuais, todas em agosto, até 2028, cada uma no montante de aproximadamente R$ 1,732 bilhão. Confira:
- 12 de agosto de 2026: R$ 1,732 bilhão ou R$ 0,4128 por ação;
- 11 de agosto de 2027: R$ 1,732 bilhão ou R$ 0,4128 por ação;
- 16 de agosto de 2028: R$ 1,732 bilhão ou R$ 0,4128 por ação.
Totvs (TOTS3) acerta aquisição de empresa de software TBDC por R$ 80 milhões
A Totvs (TOTS3) informou na sexta-feira que fechou o contrato de aquisição da TBDC Desenvolvimento de Software (TBDC), pelo montante de R$ 80 milhões.
A TBDC é uma empresa especializada em soluções para o agronegócio, abrangendo toda a cadeia produtiva, desde fabricantes de insumos até produtores rurais e consultorias, afirmou a Totvs, maior empresa de software corporativo do Brasil, em comunicado ao mercado.
O contrato prevê o pagamento complementar (“earn-out”), sujeito ao cumprimento de determinadas condições, disse a Totvs.
Energisa (ENGI3) avança em reorganização societária com incorporações e aumento de capital na Rede Energia
A Energisa (ENGI3) informou na sexta-feira (19) a aprovação de etapas adicionais da reorganização societária do grupo, com foco na simplificação da estrutura e no aumento da eficiência operacional.
Em Assembleia Geral Extraordinária, a Rede Energia, controlada pela Energisa, aprovou a incorporação da Rede Power Holding Energia. A operação não envolve troca de ações, não altera o capital social da companhia e mantém inalterada a participação dos acionistas.
Com a conclusão do processo, a Rede Power será extinta e a Rede Energia assumirá integralmente seus direitos e obrigações.
Na mesma assembleia, a Energisa aprovou um aumento de capital de R$ 2,34 bilhões na Rede Energia, com a emissão de 457,9 milhões de ações ordinárias ao preço de R$ 5,12 por ação.
Marcopolo (POMO4) aprova aumento de capital com bonificação de 10% em ações
A Marcopolo (POMO4) anunciou na sexta-feira (19) a aprovação de um aumento de capital com bonificação de 10% em ações, decisão tomada pelo Conselho de Administração.
Na prática, a empresa vai transformar R$ 705,7 milhões de reservas em capital social. Com isso, o capital da Marcopolo passará a ser de R$ 3,04 bilhões.
Ao final do processo, a Marcopolo terá 1,25 bilhão de ações em circulação, sendo cerca de 451 milhões de ações ordinárias e 799 milhões de ações preferenciais, todas sem valor nominal.
O objetivo da bonificação, segundo a Marcopolo, é remunerar os acionistas por meio da entrega de novas ações. A proporção definida é de 10%, o que significa que cada acionista receberá uma nova ação para cada 10 que já possui.
BNDESpar indica ministro da Defesa de Lula para conselho da Tupy (TUPY3)
A Tupy (TUPY3), multinacional catarinense líder na produção de componentes para motores à indústria automotiva, recebeu do BNDESpar, maior acionista da companhia, a indicação do ministro da Defesa, José Múcio, para ocupar um assento no conselho de administração do grupo. O ministro deve substituir o funcionário de carreira do BNDES Marcio Bernardo Spata, que renunciou ao posto de conselheiro.
O braço de participações do BNDES também indicou Tiago Cesar dos Santos, secretário-executivo da Secretaria de Comunicação Social, para integrar o conselho fiscal da companhia. A BNDESpar tem 30,7% do capital da Tupy, seguido pela Previ (fundo de pensão dos funcionários do BB), com 27%, e pela gestora Trígono, com 9,9%.
A Tupy vem se posicionando para ser uma das principais empresas brasileiras voltadas para a transição energética. Um dos projetos centrais da companhia nesse esforço é o de construção de plantas de produção de biometano e fertilizante organomineral a partir de dejetos de aves e suínos, um negócio visto com potencial de dobrar o tamanho da companhia nos próximos anos, como mostrou a Broadcast/Estadão.
*Com informações do Estadão Conteúdo e Reuters