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Radar de imóveis: Trio da Americanas (AMER3) fatura milhões com venda de imóvel e shoppings à venda

14 abr 2023, 15:00 - atualizado em 14 abr 2023, 13:48
Radar de imóveis arte
Fundos imobiliários e empresas vendem ativos, Caixa sobe juros para financiar imóveis e muito mais no ‘Radar de imóveis’ (Arte: Giovanna Melo/Money Times)

O setor de imóveis e os fundos imobiliários tiveram mais uma semana agitada de notícias. Teve FII recebendo uma bolada por vender empreendimento em São Paulo, alugado para gigante do varejo. Tem empresa listada querendo vender shoppings. A Caixa elevou juros para o crédito imobiliário. Entre os indicadores, o de custo da construção civil voltou a subir e tem inquilino devendo aluguel.

Com isso, o Money Times preparou um resumo para você ficar atualizado sobre as principais operações e os impactos que podem ter em seus investimentos e em suas finanças. Confira:

Syn quer vender dois grandes shoppings

A Syn (SYNE3) confirmou ao mercado, após reportagem do Estadão, que contratou um assessor financeiro para avaliar “eventuais oportunidades estratégicas” relacionadas aos shoppings Cidade São Paulo, na avenida Paulista, e ao Grand Plaza Shopping, na grande São Paulo. Contudo, a companhia disse que a contratação segue em curso, “não havendo nenhuma tratativa ou proposta vinculante relacionada a qualquer de seus ativos”.

Empresa de trio da Americanas (AMER3) embolsa bolada

São Carlos (SCAR3), empresa controlada pelo trio de acionistas da 3G Capital, Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles, vendeu o Edifício Itaim Center, na capital paulista, por R$ 90 milhões. O imóvel tem área bruta locável (ABL) de 6,5 mil metros quadrados e foi vendido por uma cifra 2,6% acima do valor patrimonial líquido. A empresa recebeu nesta semana R$ 10 milhões pela venda.

Após a operação, a São Carlos passa a ter 110 imóveis em seu portfólio, com ABL acima de 481 mil metros quadrados e valor de mercado de R$ 5,2 bilhões. A São Carlos surgiu em 1985 a partir da cisão dos ativos imobiliários da Lojas Americanas (AMER3), controlado por Lemann desde 1980.

Caixa aumenta taxa de juros

Caixa Econômica Federal aumentou a taxa de juros da linha de crédito imobiliário, com recursos da caderneta de poupança.

O aumento foi de 0,5 ponto porcentual (p.p.) e vale para os contratos do banco em vigor desde 3 de abril. Com isso, a Caixa está oferecendo taxas a partir de 8,99% ao ano, mais a Taxa Referencial (TR). As taxas vão até 9,99%, mais TR, para quem deseja financiar a compra da casa própria.

Custo da construção civil volta a subir

O Índice Nacional da Construção Civil (INCC) acelerou a alta em março para 0,20%, de +0,08% em fevereiro. Segundo o IBGE, nos últimos 12 meses até o mês passado, o indicador avançou 9,06%, abaixo da alta de 9,92% visto no acumulado até fevereiro.

custo nacional da construção civil, por metro quadrado, saiu de R$ 1.685,74 em fevereiro para R$ 1.689,13 em março. Do total, R$ 1.002,60 foram relativos aos materiais e R$ 686,53 à mão de obra. A região Nordeste exibiu a maior alta do INCC no período, de 0,51%. Por outro lado, o Centro-Oeste teve a maior taxa negativa, de 0,02%.

Varejistas e FIIs seguem com embates envolvendo aluguel

O fundo imobiliário Max Retail (MAXR11) declarou que um dos locatários de seus ativos não fez o pagamento total do aluguel vencido em março, referente a fevereiro. Com isso, a distribuição de rendimentos do fundo teve impacto negativo de R$ 0,07 por cota. Apesar de não citar nomes, um grande inquilino do MAXR11 é a Americanas.

Em contrapartida, o Kinea Renda Imobiliária (KNRI11) fez acordo com a Lojas Marisa (AMAR3) para a quitação de aluguéis vencidos. A varejista de moda é locatária do centro de distribuição Itaqua, perto de São Paulo.

O acordo obrigou a Marisa a regularizar o pagamento de todos os valores pendentes com as devidas atualizações previstas no contrato de locação. Sendo assim, o primeiro pagamento do acordo ocorreu em 4 de abril, disse o fundo.

FIIs vendem imóveis e faturam milhões

O fundo CSHG Real Estate (HGRE11) concluiu a venda de oito conjuntos no Edifício Rio Sul Center, no Rio de Janeiro, por R$ 25,7 milhões, que representa valor médio de R$ 15,3 mil por metro quadrado.

Segundo o FII, os imóveis somam 1,6 mil metros quadrados de ABL e a área total vendida envolve as vagas de garagem atribuídas para cada conjunto.

Já o TRX Real Estate (TRXF11) vendeu um imóvel em São Paulo, por R$ 36 milhões. Atualmente, o espaço está alugado para o GPAContudo, o fundo não cita o nome do comprador. Porém, diz ser uma empresa atuante no mercado imobiliário. O TRXF11 estima que a venda do ativo gere um lucro de R$ 5 milhões, ou R$ 0,42 por cota.

Cinema de SP vai à leilão

A Zuk Leilões abriu lances para vender uma fatia de 25% do Cine Marquise, na avenida Paulista. Os lances começam com valor 50% abaixo da avaliação de mercado, perto de R$ 3,5 milhões. A operação será em segunda praça e ocorre em 24 de abril, às 11h.

Como apenas parte do imóvel está sendo leiloada, haverá dois ou mais proprietários. Sendo assim, para tomar posse, o arrematante terá que entrar em comum acordo com os outros donos ou até mesmo ingressar com ação na justiça. O imóvel tem 2,3 mil metros quadrados de área construída. O pagamento poderá ser à vista ou parcelado. Outras informações estão disponíveis no site da Zuk.

Caixa faz leilão com 70% de desconto

Outro leilão a ser realizado é o da Caixa Econômica e da Globo Leilões, com oferta de 237 imóveis em todo o país e até 70% de desconto. A operação será em 3 de maio, às 10h.

Os interessados em financiamento habitacional ou utilizar recursos do FGTS, devem procurar uma agência da Caixa ou Correspondente Bancário Caixa (CCA) para conhecer as condições e obter a aprovação de crédito antes de participar do leilão. Na operação, os imóveis serão vendidos livres de dívidas de IPTU e condomínio em atraso.