Radar de imóveis: Empreendimentos a partir de R$ 42 mil, custo da construção sobe e fundos imobiliários vendem ativos
Foi mais uma semana movimentada para o mercado financeiro e, consequentemente, para fundos imobiliários e para o setor de imóveis.
Nos últimos dias, FIIs comunicaram impactos negativos com aluguéis em atraso, mas faturaram milhões com venda de imóveis. Além disso, indicadores mostram que o custo da construção civil segue em alto no país e tem oportunidades para comprar empreendimentos a partir de R$ 42 mil.
Com tantas informações, o Money Times preparou um resumo para você ficar atualizado sobre as principais movimentações do setores e os impactos que podem ter em seus investimentos e em suas finanças. Confira:
Custo da construção civil segue pressionado
O Índice Nacional da Construção Civil (INCC) exibiu ligeira aceleração em abril, para +0,27%, de +0,20 em março. Segundo o IBGE, nos últimos 12 meses até o mês passado, o indicador avançou 8,05%, abaixo da alta dos 9,06% visto no acumulado até março.
O custo nacional da construção civil, por metro quadrado, saiu de R$ 1.689,13 em março para R$ 1.693,67 em abril. Do total, R$ 1.006,82 foram relativos aos materiais e R$ 686,85 à mão de obra. A região Nordeste exibiu a maior alta do INCC no período, de 0,51%. Por outro lado, o Centro-Oeste teve a maior taxa negativa, de 0,02%.
Imóveis a partir de R$ 42 mil
O Bradesco e a Zuk realizam o leilão de 30 imóveis, entre lotes residenciais, comerciais e terrenos, com lances a partir de R$ 42 mil. A operação de alienação fiduciária ocorre em diversas datas ao longo deste mês, na plataforma da Zuk.
Contudo, os leilões de patrimônio serão na segunda-feira (15), às 15h. Há imóveis em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Piauí, Pará e Rio Grande do Sul. Para participar, é preciso fazer cadastro no Portal Zuk para consultar o edital do lote desejado.
Leilão de salas comerciais
Já em parceria com o Banco Modal, a Zuk vai leiloar dez salas comerciais no bairro paulistano Cerqueira César, que estão desocupadas. A operação será em 18 de março, às 14h.
Os imóveis têm a partir de 36,5 metros quadrados de área útil e os lances serão entre R$ 290 mil e R$ 1,1 milhão. Também é preciso fazer cadastro no site da Zuk para participação do leilão.
Inquilino ‘pedra no sapato’
O fundo imobiliário Max Retail (MAXR11) disse ao mercado que, até segunda-feira (08), um de seus locatários não havia feito o pagamento total do aluguel vencido em abril, referente a março. Com isso, a distribuição de dividendos do fundo teve impacto negativo de R$ 0,08 por cota.
No mês passado, o FII enviou mensagem similar aos cotistas, falando sobre a inadimplência de um locatário. Apesar de não citar nomes, um grande inquilino do MAXR11 é a Americanas (AMER3). A varejista está inadimplente com o fundo desde dezembro e aluga seis imóveis do fundo, em Brasília, Belém, Vitória, Maceió e em Nilópolis (RJ).
Aluguel em atraso
O FII Plural Logística (PLOG11), da Genial Investimentos, informou que o locatário do Galpão B do Parque Logístico Pernambuco, que pertence ao fundo, está com 50% dos valores do aluguel de março, vencidos em abril, está com o aluguel em atraso.
O imóvel está locado para a CT Botelho, empresa de logística de fotovoltaicos. Com isso, a inadimplência impactou negativamente em R$ 0,13 por cota nos resultados do PLOG11 no mês passado.
FIIs vendem imóveis em SP
O fundo imobiliário Tellus Properties (TEPP11) recebeu nesta semana R$ 28,1 milhões pela venda de 16 salas comerciais do Edifício Timbaúba, na região da avenida Paulista, em São Paulo. O valor recebido refere-se à primeira fase da venda e os recursos serão usados para o pagamento antecipado de passivos, como CRIs.
Já o Bresco Logística (BRCO11) acertou a venda total de um centro de distribuição às margens da Marginal Tietê, na capital paulista, por R$ 325 milhões. Com isso, o BRCO11 recebeu nesta semana R$ 55 milhões pela operação. Os demais R$ 270 milhões serão pagos em 48 parcelas mensais a partir de julho deste ano.
Fundo de escritório perde bolada com desistência de compra
Em contrapartida, o fundo imobiliário Hedge Office Income (HOFC11) perdeu uma bolada após o interessado em comprar todo o Condomínio Edifício Alamedas, também na capital paulista, desistir da operação. O fundo recebeu proposta para vender o imóvel, por R$ 42,1 milhões, em março deste ano.
Porém, a desistência foi em decorrência de uma notificação que o fundo recebeu nesta semana do escritório de advocacia Mattos Filho, inquilino no Alamedas. O aviso do locatário é sobre a intenção de “resilição” do contrato de aluguel, operação que deverá durar 90 dias.