Quinto Andar aposta em IA generativa no mercado imobiliário
O Quinto Andar, startup de aluguel e compra de imóveis, anunciou nesta quinta-feira (30) novas ferramentas com Inteligência Artificial generativa que pretendem dar ao mercado imobiliário mais folego.
São dois novos recursos que serão implementados na interface do produto, sendo uma delas para aprimorar e personalizar as buscas por imóveis com ajuda da IA e a outra para dar maior transparência aos usuários em relação ao preço.
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Com uma base robusta de dados, os executivos avaliam que essas são as principais vertentes para melhoria do serviço que tem sido oferecido por eles.
“Esperamos que essas ferramentas sejam tão impactantes ou ainda mais impactantes do que agente discutiu até aqui”, disse Lucas Lima, vice-presidente do Quinto Andar durante a coletiva de imprensa.
A IA, que foi desenvolvida pelo próprio time, faz parte dos investimentos que o Quinto Andar tem feito para ganhar ainda mais espaço no mercado. Lima ainda adiantou que há espaço para inserir a tecnologia em mais processos detro da interface e que já estudam as novas funcionalidades.
Isso, porém, não significa substituição dos corretores parceiros. Para Gabriel Braga, CEO e co-fundador da companhia, a nova tecnologia irá ajudar ainda mais os profissionais envolvidos no negócio a terem um ganho de produtividade e escala.
O QuintoAndar tem desafiado a tendência do mercado de startups, que enfrenta dificuldades para captar investimentos. Enquanto o setor atravessa um “inverno”, Braga afirma que a empresa segue em crescimento sem a necessidade de novos aportes. No entanto, o executivo preferiu não divulgar números durante a coletiva.
Expectativa do mercado
Sobre as tendências do mercado, Braga observou que a alta na taxa de juros e o cenário mais incerto no horizonte deve aumentar o período de decisão de compra.
Nesta quarta-feira (29), o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve o plano de elevar a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, fazendo a Selic chegar ao patamar de 13,25% ao ano.
No comunicado, o BC manteve o guidance da próxima reunião para uma nova alta de um ponto percentual. Já para as reuniões seguintes, o comitê preferiu deixar em aberto devido ao cenário.
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Braga, no entanto, não enxerga um grande problema à frente tendo em vista que a companhia trabalha tanto com a venda de propriedades quanto com o aluguel, o que dá uma vantagem competitiva à empresa.
“Nós não nos preocupamos tanto com isso [cenário macroeconomico]. Os problemas básicos como encontrar os imóveis, logística para compra e venda, financiamento vão continuar existindo seja com a taxa alta ou com a taxa básica. Isso faz com que nós acreditemos que há muito espaço para crescer ainda”, disse.