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Quinta semana de queda: Por que os fundos imobiliários estão caindo tanto?

06 abr 2023, 18:18 - atualizado em 06 abr 2023, 18:18
Fundos Imobiliários FIIs
Índice de fundos imobiliários fechou estável na véspera do feriado doméstico, porém, caiu em mais uma semana (Imagem: Reprodução/Freepik)

O índice de fundos imobiliários (Ifix) exibiu forte volatilidade ao longo do pregão desta quinta-feira (06). Porém, fechou estável (após ajustes), aos 2.760 pontos.



Apesar de ser véspera de feriado local, com tendência de liquidez reduzida, o volume negociado foi acima do visto ontem, mas ainda abaixo do montante negociado na semana passada.

Entre os fundos imobiliários listados no Ifix, o REC Logística (RELG11) liderou as altas, de 3,57%. Contudo, longe de uma recuperação ante o tombo de mais de 13% na véspera. O FII anunciou que não fará mais pagamentos mensais de dividendos aos cotistas.

Em contrapartida, mais uma vez, os fundos de papel lideraram as perdas no dia, com destaque para a queda de 5,16% do Versalhes Recebíveis (VSLH11). Na sequência, vem o Hectare CE (HCTR11), com recuo de 4,81%,  acumulando desvalorização de mais de 9% em apenas dois pregões.

Os dois fundos imobiliários estão entre os quatro envolvidos em calotes de pagamento de Certificados Recebíveis Imobiliários (CRIs). Além disso, o HCTR11 acompanha um receio do mercado após, ontem, o fundo multimercado Hectare Real Estate FIC FIM CP, também gerido pela Hectare Capitalfechar para realização de resgates.

Por que os fundos imobiliários estão caindo?

O Ifix fechou a semana mais curta em razão do feriado amanhã com ligeira queda de 0,02%. No entanto, engatou o quinto recuo semanal seguido.

O gestor da TRX Investimentos, Gabriel Barbosa, avalia que o mercado de fundos imobiliários segue colecionando baixas, apesar de indicadores como taxa de juros e inflação estarem estáveis.

“Investidores mais imediatistas tendem a vender cotas no desespero, criando pressão sobre o mercado de FIIs. Porém, criam boa oportunidade para quem investe pensando no longo prazo”, diz.

Barbosa destaca a dificuldade que alguns fundos de papel têm passado em meio à inadimplência envolvendo CRIs. Especialmente os fundos high yield. “Esses buscam uma rentabilidade mais elevada em relação aos demais fundos, assumindo um maior grau de risco em suas estratégias de investimento”, comenta.

Ele ressalta que o cenário atual de uma economia desaquecida aumenta a percepção de risco de vacância de imóveis comerciais. “O que leva muitos investidores a agir com a emoção e vender suas cotas também em fundos de tijolo. Isso resulta em uma queda geral do mercado”, acrescenta.

Entre os FIIs, se o RELG11 foi destaque de alta no pregão de hoje, por outro lado, foi o fundo imobiliário que mais recuou na semana, ao fechar em queda de 10,54%.

Entretanto, o Mauá Capital Recebíveis (MCCI11) foi o FII que mais se valorizou na semana mais curta, 4,87%.

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