JBS (JBSS3) no mercado de ovos, problemas logísticos afetam Minerva (BEEF3), SLC (SLCE3) e mais; os destaques do Agro Times
A última semana do mês de janeiro foi movimentada no agronegócio, começando pela entrada da JBS (JBSS3) no mercado de ovos, em busca de reforçar a diversificação geográfica e de proteínas da empresa.
A Jalles Machado (JALL3) também foi destaque, com o Citi atualizando estimativas para os resultados da empresa no terceiro trimestre da safra 2024/25 (3T25). O banco recomenda compra e projeta salto de quase 100% das ações.
O setor agrícola acompanha com atenção os novos elementos do mercado de milho e a certeza para a supersafra de soja. Ainda sobre commodities, em evento do UBS, o CEO da SLC Agrícola (SLCE3) apontou o fator que definirá o crescimento dos grãos no Brasil.
Ainda nesta semana, o Copom decidiu elevar a taxa básica de juros para 13,25%, que, apesar de esperado, traz dúvidas sobre onde investir na bolsa. Para o Bradesco BBI, o preço-alvo dos frigoríficos mudou, mas uma das ações é a “queridinha” do momento.
Os temas que mais se destacaram nesta semana
As ações da JBS (JBSS3) reagiram de forma positiva ao acordo que tornou o frigorífico acionista da Mantiqueira Alimentos, que opera no mercado de ovos. O negócio prevê a realização de investimento pela JBS mediante subscrição de ações de 48,5% do capital social total e 50% das ações com direito a voto da Mantiqueira.
Analistas do Goldman Sachs já disseram que esperavam uma boa reação do mercado e reforçaram a tese de investimento na empresa frigorífica. “A operação diversifica ainda mais o mix da JBS por meio de um negócio em crescimento, com implicações marginais em seu balanço. Reiteramos nossa classificação de compra”, afirmam.
Vale ressaltar que a transação está sujeita às condições usuais, como aprovações regulatórias, para que seja concretizada.
A Ágora Investimentos atualizou as perspectivas para o setor de papel e celulose em relatório divulgado nesta semana. A expectativa é de que a demanda global por celulose cresça em 1,3 milhão de toneladas em 2025, com a Suzano (SUZB3) sendo a empresa melhor posicionada para se beneficiar do momento.
A corretora vê a Suzano como a melhor opção do setor e recomenda compra dos papéis, com um novo preço-alvo de R$ 85,00, que representa um potencial de alta de cerca de 36%.
Segundo os analistas, a empresa deve turbinar seu desempenho no ano, com o crescimento da produção, decorrente da nova fábrica da empresa em Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul (MS), anteriormente chamada de Projeto Cerrado.
Top 3 do agro
O CEO da SLC Agricola (SLCE3), Aurélio Pavinato, afirmou na última terça-feira (28) que apesar dos avanços quanto aos gargalos logísticos nos portos brasileiros, o Brasil vive um pico do gargalo de contêineres.
O comentário ocorreu durante o painel “Brazilian Agriculture: A Global player in a Connected World”, que também contou com a participação do CFO da Minerva Foods (BEEF3), Edison Ticle, e Erasmo Battistella, CEO da Be8, no primeiro dia do Latin America Investment Conference (LAIC), evento do UBS.
Para 2025, segundo projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil vai colher uma safra próxima de 322 milhões de toneladas de grãos. Na visão do CEO da SLC, isso deve gerar gargalos.
2º lugar – Louis Dreyfus diz que carga de farelo de soja retornou do porto para reprocessamento – Money Times
Uma carga de farelo de soja da Louis Dreyfus Company destinada à exportação a partir do porto de Paranaguá, no Sul do Brasil, foi devolvida para reprocessamento em uma das fábricas da empresa, disse o processador de grãos à Reuters nesta quarta-feira (29).
A LDC se recusou a fornecer detalhes como o cronograma da recusa da carga, tamanho da mesma ou seu destino, bem como a natureza do problema com o produto.
No entanto, uma pessoa com conhecimento do assunto disse que o farelo de soja da LDC foi enviado por caminhões para o porto, mas posteriormente rejeitado na semana passada por conter impurezas.
1º lugar – Questão tributária torna logística irracional no Brasil, afirma CFO da Minerva (BEEF3) – Money Times
O CFO da Minerva Foods (BEEF3), Edison Ticle, enxerga que o Brasil conta com dois problemas estruturais, a parte logística e tributária. O executivo afirmou que a empresa sofreu muito com a crise de contêineres, já que o frigorífico exporta 70% da sua produção em carnes congeladas.
“Disparado aqui é o mais caro e o menos eficiente (o aparato logístico). O que a gente procurou fazer? Como a gente usa muitos portos, resolvemos sair um pouco de Santos e do Sul. Tentando desenvolver algumas alternativas mais pro Norte”, disse.
A fala também ocorreu durante o painel Brazilian Agriculture: A Global player in a Connected World, no Latin America Investment Conference (LAIC), promovido pelo UBS.