“Quero fazer direito”, diz Trump sobre novo acordo com a China
Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, concordaram neste sábado (29), em Osaka, no Japão, em retomar negociações comerciais após uma reunião bilateral, que ocorreu no último dia do encontro de cúpula do G20 – grupo dos países mais ricos, mais a União Europeia.
“Tivemos uma reunião muito boa com o presidente chinês Xi. Eu diria que excelente”, afirmou Trump. A agência de notícias chinesa Xinhua informou que as negociações, interrompidas em maio, serão retomadas e que Washington desistiu da ameaça de impor novas tarifas de importação que teriam afetado 500 bilhões de dólares em produtos chineses importados.
“Estamos de volta aos trilhos e vamos ver o que acontece”, disse Trump a repórteres, depois de uma reunião de 80 minutos com o presidente chinês.
A trégua é similar a uma que foi declarada pelos dois presidentes na cúpula do G20 do ano passado em Buenos Aires, embora meses depois a guerra comercial tenha recomeçado. Trump disse que, embora não pretenda suspender as tarifas de importação existentes, ele vai evitar impor novas cobranças em bens chineses adicionais.
“Estamos segurando as tarifas e eles comprarão produtos agrícolas”, disse, sem dar detalhes sobre compras futuras de produtos agrícolas pela China. “Se chegarmos a um acordo, será um evento muito histórico”, afirmou.
O presidente dos Estados Unidos não estabeleceu um cronograma para o que chamou de acordo complexo, mas disse que não estava com pressa. “Quero fazer direito”, disse.