Política

‘Quero aproximar as universidades da sociedade’, diz novo presidente da CCT

24 fev 2021, 18:39 - atualizado em 24 fev 2021, 18:39
Rodrigo Cunha
Rodrigo Cunha é o novo presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) do Senado (Imagem: Leopoldo Silva/Agência Senado)

A Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) do Senado elegeu nesta quarta-feira (24) o senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL) para comandar o colegiado até janeiro de 2023.

Em sua fala inicial como presidente da comissão, Rodrigo disse que pretende priorizar projetos e iniciativas que aproximem mais a produção acadêmica existente nas universidades brasileiras de soluções práticas visando dirimir os graves problemas socioestruturais que caracterizam nossa sociedade.

— As universidades devem ter uma importância ainda maior no Brasil, transformando a vida das pessoas. A produção universitária deve estar diretamente ligada à vida social. Acredito muito no poder transformador das pesquisas. Que elas não fiquem restritas a livros, teses e bibliotecas, mas também contribuam para as transformações reais de que o Brasil precisa. Em qualquer área onde estados e municípios queiram evoluir, podem buscar as informações nas universidades. Mas cabe também às universidades ultrapassar as barreiras do muro que as separa da sociedade. Já temos exemplos positivos disso no país, mas isso ainda não é a regra — declarou o senador.

Exemplo: EUA

Rodrigo Cunha afirmou que “no mundo todo” os países desenvolvidos são os que conseguem aplicar em suas sociedades a produção universitária, e que a CCT pode tornar-se uma “vitrine” para pesquisas inovadoras.

O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) acrescentou que o Brasil é o 7º país no mundo em artigos publicados, mas despenca para a 77ª posição quando o critério são os produtos entregues. Ele argumentou que na recente disputa entre Joe Biden e Donald Trump pela presidência dos EUA, “quem mais financiou os candidatos foram as universidades, pela forma com que também vendem produtos”.

— São grandes empresas, por meio dos cérebros que têm dentro das universidades públicas ou privadas. Por que não podemos fazer isso no Brasil? Este é um tema que vou trazer para a CCT, e quero o governo envolvido também. Os ministérios da Ciência e Tecnologia e da Educação precisam se envolver mais. Se somos um dos maiores na publicação de artigos, é porque temos um potencial que também pode ser direcionado a produtos — defendeu.

Heinze disse que no agronegócio o Brasil passou de importador de alimentos a grande exportador mundial porque, a seu ver, foi arraigado no país o conceito de aplicação prática da pesquisa científica.

— Graças à ciência, o Brasil hoje é o maior exportador de soja, açúcar, etanol, fumo, frango, suíno, boi e outros itens. Graças à Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura], que revolucionou o agronegócio. Essa revolução pode ser levada para a medicina e outras áreas — ressaltou.

A senadora Daniella Ribeiro (PP-PB), ex-presidente da CCT, pleiteia agora o cargo de vice-presidente dessa comissão. A definição de quem ocupará esse cargo foi adiada para a próxima reunião da CCT.

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