Quem vai levar a Copa do Mundo (e quem pode ser azarão), segundo o Itaú
O tema Copa do Mundo vai estar na boca de bilhões de pessoas ao redor do mundo nas próximas semanas, além de esquentar as casas de apostas e bolões. Para tentar indicar as seleções favoritas da competição, a equipe de análise econômica do Itaú preparou um modelo estatístico que leva em consideração os resultados observados em cada jogo das edições do mundial que ocorreram de 1994 em diante.
A probabilidade levou ainda em consideração a qualidade atual das equipes pelo ranking da Fifa, a sua tradição (desempenhos passados) e o apoio da torcida (continente-sede). “Com base nos grupos já sorteados para a primeira fase, montamos nossa própria tabela com os países que, segundo nosso modelo, devem avançar em direção à disputa pelo título de campeão”, destacam Pedro Renault e Mario Mesquita, que assinam a análise.
Cenário-base
Nesta avaliação, o Itaú projeta que os grandes favoritos avancem para as fases de “mata-mata”.México e Sérvia (que está no grupo do Brasil) são os países de maior tradição que não passam da fase de grupos, pontua o banco. A Islândia, estreante na Copa, também é deixada para trás pelos seus companheiros de grupo, Argentina e Croácia.
Já nas oitavas, ficam pelo caminho Colômbia, Suécia e Portugal, deixado para trás pela Rússia que ganha por uma margem muito apertada, beneficiada por jogar em casa. A Bélgica, ao lado da anfitriã, são as únicas equipes sem título mundial que chegam às quartas de final – mas são eliminadas por Brasil e França, respectivamente. Os outros embates são: Alemanha vs. Inglaterra e Argentina vs. Espanha.
As duas semifinais são compostas por Alemanha e Argentina, enquanto o Brasil enfrenta a França. “Acreditamos que o Brasil ganha uma oportunidade de “tira-teima” na final contra a Alemanha. A cada etapa as previsões se tornam mais incertas, dada a proximidade das probabilidades de cada país passar para a fase seguinte, mas a chance de vitória que encontramos em nossos cálculos é ligeiramente maior para o Brasil”, projetam.
Cenário-zebra
Reconhecendo que as estimativas têm um elevado potencial de incerteza, o Itaú também realizou simulações para prever quais seriam os cenários mais prováveis rodada a rodada, caso sejam observadas surpresas com relação ao modelo.
“Para tanto, identificamos os pontos de maior incerteza (aqueles em que a probabilidade de vitória dos dois times é quase a mesma) e “jogamos uma moeda” para decidir quem ganha cada uma dessas partidas. Fazemos isso para alguns níveis de incerteza (sempre que a probabilidade de vitória por um dos dois lados for próxima de 50%±x, para diferentes valores de x) e em cada caso simulamos um número exaustivo de cenários que poderiam resultar dessas indefinições, respeitando os critérios de ordenamentos das chaves”, ressaltam.
No 1º grupo de simulações, em que os resultados são definidos aleatoriamente quando probabilidade do vencedor é menor do que 60%, o Brasil tem 50% de chances de vitória.
Já no 2º grupo de simulações, com os resultados definidos aleatoriamente quando probabilidade do vencedor é menor do que 70%, a chance do Brasil cai para 46%.