Finanças Pessoais

Quem tem medo da Bolsa de Valores?

15 jul 2018, 15:35 - atualizado em 15 jul 2018, 1:02

Por Warren

A gente que trabalha com mercado financeiro conhece bem a reação que grande parte das pessoas costuma fazer quando falamos em investimento em renda variável. Geralmente elas franzem os olhos e balançam a cabeça de um lado para o outro, em uma coisa meio “hmmm, não sei”.

Na semana passada, fizemos uma enquete no nosso perfil no Instagram, perguntando se as pessoas que nos seguiam tinham medo de investir na bolsa de valores. O resultado foi dentro do que se esperava: 60% responderam que não, enquanto o restante, 40%, disseram que sim. Pedimos que as pessoas nos explicassem o porquê da resposta anterior. E foi aí que recebemos uma enxurrada de desabafos por mensagem. 95% delas eram de pessoas que alegavam falta de conhecimento e receio de perder todo o dinheiro investido.

São dois pensamentos bem comuns, que mexem com dois fatores importantes da rotina (inclusive financeira) de qualquer um: segurança e estabilidade.

É natural do ser humano ter medo daquilo que ele desconhece. Ter confiança, então, nem se fala. E quando envolve dinheiro, meio de vivência e sobrevivência das pessoas, aí sim que a questão fica pesadíssima. É por isso que estamos aqui, pra abastecer vocês de informações, tirar dúvidas, ouvir desabafos e ajudar da melhor forma.

Mas calma, é preciso dizer que investir em ações pode ser comparado a qualquer outra decisão que você possa tomar na vida: envolve riscos sim, mas se você conseguir conviver com eles, tem um potencial enorme de se tornar algo incrível.

Ah, mas investir em renda fixa não é tão mais seguro?
Não necessariamente. Você também corre riscos com renda fixa, que podem ir do confisco da poupança (como aconteceu um tempo atrás) à possibilidade do emissor do produto de renda fixa dar calote. Saiba sempre: um dos principais riscos da renda fixa pode ser a baixa performance.

Por exemplo:
Seu objetivo é aumentar o capital para usufruir dele daqui 15, 20 anos.
Neste meio tempo o país entra em uma grande maré de estabilidade (bela notícia positiva), o que significa que os juros estarão baixíssimos. Consequentemente, os produtos de renda fixa estarão com retornos baixíssimos e a poupança, que já rende pouco, vai render quase nada.

Resultado: com retornos piores, o valor que você acumula é muito menor. Ou seja, o risco é você ter investido por anos a fio e, na hora de aproveitar, não pode se manter por muito tempo pois o patrimônio que acumulou não foi o suficiente.

Tá, mas não é tão mais fácil perder dinheiro na bolsa?
As pessoas perdem dinheiro na bolsa, em sua maioria, por dois motivos: o primeiro é que o investidor entra e sai da bolsa muito rápido. Lembra que já falamos sobre a bolsa de valores ser a melhor opção para quem pensa a longo prazo?

Então, o economista Mauro Halfeld fez um estudo que analisou as variações do Ibovespa entre 1968 e 2003. Neste período, o Ibovespa subiu, acima do dólar, em 51% dos dias úteis.
Mensalmente, em 54%.
Anualmente, em 56%.
Para períodos de cinco anos, subiu em 71%.
Para períodos de oito anos, em 89%.
E, para finalizar, para períodos de 10 anos, o Ibovespa subiu mais que o dólar em 97% dos períodos. Ou seja, a tendência é que o risco diminua quanto maior for o prazo.

O segundo motivo está em investir em poucas ações.
Pense que você tem uma cesta com poucos tipos de frutas. Se deixar ela cair, as frutas mais frágeis ficam machucadas com o impacto no chão, o que diminui a vida útil delas. Te sobram uma ou duas apenas que poderão ser consumidas em um período de tempo maior. Agora, se você coloca uma variação maior de frutas na cesta, quando ela cair, algumas frutas se machucam, mas as outras, de casca mais dura, permanecem intactas. Sendo assim, seu prejuízo é beeem menor.

Agora, substitua as frutas por ações.

Por isso, quanto mais diversificada for a sua carteira, menor é o risco da queda de uma empresa impactar no total do seu investimento. No Warren, as carteiras de ações contam com empresas brasileiras (como a Ambev, Banco do Brasil e Localiza) e empresas americanas (como o Google, Apple, Amazon, Disney). São empresas de países, tamanhos e setores diferentes compondo seus investimentos.

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