Quem sai perdendo se o acordo Mercosul-UE não acontecer? Entenda
Nesta quinta-feira (7), o Brasil encerrou sua presidência rotativa no Mercosul, durante a 63ª Cúpula de Chefes de Estados do Mercosul. No evento, o país destacou o avanço na negociação do Acordo Mercosul-União Europeia.
Além disso, abordou a conclusão do acordo de livre comércio com Singapura. A Confederação Nacional da Indústria (CNI), que participa das discussões do setor empresarial do bloco, indica que é fundamental que o empenho em concluir o acordo com a União Europeia seja mantido durante a nova liderança, assumida pelo Paraguai.
“Na liderança do Mercosul, o Brasil fortaleceu o compromisso do bloco comercial de avançar na agenda interna e no relacionamento com parceiros comerciais, aspectos essenciais no processo de revitalização da indústria brasileira”, afirma o diretor de Desenvolvimento Industrial e Economia da CNI, Rafael Lucchesi.
Ainda, aponta que “concluir o Acordo Mercosul-União Europeia é um passo importante nesse sentido. Ainda há expectativa na indústria de que os blocos possam concluí-lo em breve”, avalia.
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CNI e o acordo Mercosul-União Europeia
As negociações entre o Mercosul e a União Europeia se intensificaram após o Brasil assumir a presidência rotativa do bloco, em julho de 2023.
A CNI indica que o acordo Mercosul-União Europeia é uma oportunidade para que seja construída um parceria birregional moderna, “alinhada aos compromissos internacionais assumidos por cada país em matéria de desenvolvimento sustentável, e que contribuirá para aumentar o comércio, favorecer os investimentos e incentivar a inovação e a capacidade produtiva”.
A confederação indica que, em pesquisa feita em novembro, 78% das entidades setoriais e 76% das empresas avaliaram que a conclusão do acordo deve ser a prioridade da agenda externa do bloco comercial.
Segundo a CNI, foram ouvidas 104 entidades setoriais e 222 empresas brasileiras para realização do levantamento feito sobre as principais ações necessárias ao bloco.