Quem não travou milho, não consegue fazer uma pilha de 3 sacas por arroba do boi
O milho no mercado físico está oferecendo preços levemente mais amigáveis para o produtor de boi, mas ainda distante de uma relação de troca vantajosa nesta primeira quinzena de junho, enquanto os pastos vão ficando mais secos e os animais dependem da ração.
Para quem não travou o cereal antes, fica mais distante a possibilidade de recuperar o encurtamento do número de sacas que o preço de uma @ pagou no acumulado do ano, até maio, ainda que na entressafra haja uma reação sazonal das cotações.
De acordo com dados do Grupo Pecuária Brasil (GPB), na média de preço para o mês passado do Balizador GPB Datagro, uma @ comprou 2,9 sacas no estado de São Paulo. Há um ano, foram 3,4/s
O mês passado, portanto, foi o pior mês de relação de troca desde que o Balizador foi criado, em maio de 2018.
A cotação da saca de milho, usada na pesquisa, é a praça cerealista de Campinas, que registrou em maio preços médios de R$ 105. Na média de junho, segue em R$ 97.
Desde fevereiro, a relação de troca vem caindo, de 3,6/s.
Vale ressaltar, também, que a descompensação para o pecuarista no acumulado do ano é a maior já levantada pelo GPB, consolidando um quadro visto no mercado da commodity, tanto pela demanda externa, quanto pela quebra esperada do milho de inverno, o safrinha.