Economia

Quem Haddad pode escalar na pasta de Economia para agradar o mercado?

25 nov 2022, 15:17 - atualizado em 25 nov 2022, 15:17
Fernando Haddad eleições 2022
(Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O nome de Fernando Haddad já é quase uma certeza para assumir o Ministério da Economia, por mais que não seja o preferido do mercado financeiro.

O ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação não é visto como um nome técnico e passa uma mensagem de que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva não terá responsabilidade fiscal.

“De fato, esse é um nome que o mercado não gostaria de ver”, afirma Thiago Calestine, sócio da DOM Investimentos.

O economista, no entanto, destaca que já é esperado que o futuro ministro seja alguém do PT ou alguém que vai seguir o que Lula prometeu durante a campanha eleitoral de focar no social. “Isso dificulta as chances de um cara como Persio Arida na frente do Ministério da Economia”, diz.

Ministro social, equipe técnica

Com isso, crescem as apostas de que, se confirmado como ministro da Economia, Haddad vai escalar uma equipe técnica para tentar acalmar o mercado.

“O que é muito comum nos governos do PT é a nomeação política para cargos estratégicos, mas para baixo são colocadas pessoas mais técnicas”, aponta Rodrigo Cohen, analista CNPI e co-fundador da Escola de Investimentos.

Ele destaca que Haddad deve seguir a mesma linha de Lula, que é dizer que tem responsabilidade fiscal, mas sem querer ser controlado.

Para Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil Investimentos, o grupo de economia da equipe de transição possui nomes que devem continuar no futuro governo.

André Lara Resende e Persio Arida, pais do Plano Real, poderiam ser uma adição muito importante para a pasta, e somar bastante para o Ministério da Economia, assim como o Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento, que poderiam ser vozes ativas relevantes. Agora é saber o grau de poder de decisão que ambos teriam”, afirma.

Secretário ou ministro?

Persio Arida, na verdade, pode acabar ganhando um cargo de mais destaque: de ministro do Planejamento. Essa “dobradinha” ministerial com Haddad também poderia ser considerada uma sinalização para o mercado.

Para assumir o cargo, Arida teria exigido o controle sobre o Orçamento, agenda de abertura comercial e diálogo sobre privatizações, além de controle da dívida pública.

O economista integrou o Ministério do Planejamento do governo José Sarney, foi presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e foi diretor do Banco Central.

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