Quem ganha e quem perde com a paralisação das montadoras?
A disparada de casos da Covid no Brasil tem levado montadoras a paralisar suas atividades.
Na última sexta-feira (26), a Honda suspendeu sua produção por 13 dias, enquanto a Hyundai irá implementar paralização de uma semana.
Ao todo, 10 montadoras pararam os trabalhos, como BMW, Nissan, Toyota, Volkswagen, Mercedes-Benz, Scania e VWCO, além da Volvo, que decidiu cortar a produção em 70% em suas fábricas em Curitiba.
A Ágora lembra que todas essas paralizações estão levando o acúmulo de pedidos dos fabricantes de automóveis a atingir quatro meses e a aumentar o preço dos veículos.
“A suspensão das operações das montadoras deve levar a uma menor produção de veículos, impactando a Iochpe (MYPK3), Tupy (TUPY3) e Mahle Metal Leve (LEVE3)”, apontam os analistas Victor Mizusaki, Ricardo França e Luiza Mussi.
Por outro lado, no curto prazo, isto poderia direcionar um aumento nos preços dos carros novos e beneficiar o segmento de seminovos da Localiza (RENT3), Unidas (LCAM3) e Movida (MOVI3).
“Mas se este cenário se prolongar, poderia começar a afetar o crescimento da indústria de aluguel de veículos”, advertem.
Outra companhia que pode ser atingida pela paralização é a Vamos (VAMO3), já que a suspenção da produção na Volkswagen Caminhões afetará as entregas.
“Ainda esperamos que as interrupções se normalizem ao longo de 2021, levando a uma aceleração na produção de automóveis, especialmente levando em consideração os estoques atualmente baixos. Mantemos nossa perspectiva positiva para o crescimento da demanda de aços planos em 2021”, completam.