Quem é Joaquim Silva e Luna, presidente da Petrobras (PETR4) que está sendo fritado
Em meio à insatisfação popular (e também do governo) após o reajuste no preço dos combustíveis, Joaquim Silva e Luna, presidente da Petrobras (PETR4), pode estar com os seus dias contados à frente da companhia.
Ainda que o presidente Jair Bolsonaro (PL) diga que não tem poder para intervir e simplesmente “trocar a presidência da estatal hoje”, os jornalistas Malu Gaspar e Lauro Jardim, d’O Globo, afirmaram que a dispensa já teria até data definida para acontecer: dia 13 de abril, quando o novo conselho de administração da estatal será eleito.
Silva e Luna foi ministro da Defesa no governo de Michel Temer (MDB), e assumiu a cadeira de CEO da Petrobras em abril do ano passado, lugar antes ocupado por Roberto Castello Branco.
Nasceu no município de Barreiros (PE) em 1949 e iniciou sua carreira militar 20 anos depois, na Academia Militar das Agulhas Negras.
Antes de assumir a Petrobras, o general era diretor da Itaipu Binacional, por indicação do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
Castello Branco havia sido uma indicação de Paulo Guedes para a Petrobras. A sua demissão veio em um contexto semelhante ao de Silva e Luna hoje: o presidente da República acreditava que a estatal não estava sendo conduzida da melhor maneira justamente por conta da série de aumentos no preço dos combustíveis.
Ele negou, no entanto, que a troca pudesse se tratar de uma interferência política da sua parte.
“Gostaram do novo aumento da gasolina amanhã? Ele [Castello Branco] só sai depois do dia 20, não quer dizer que o outro [Silva e Luna] vai interferir, para evitar o pessoal do mercado falar um montão de besteira, ou melhor, o pessoal especular no mercado”, disse o presidente em março do ano passado, quando a troca de comando já havia sido anunciada.
Gasolina e diesel nas alturas
Na semana passada, a estatal anunciou um aumento de 25% dos preços do diesel em suas refinarias e de 19% para a gasolina, na esteira dos ganhos nas cotações do petróleo no mercado internacional em função da guerra na Ucrânia.