Coronavírus

Queda rápida do juro nos EUA pode significar alta rápida após crise

04 mar 2020, 12:38 - atualizado em 04 mar 2020, 12:38
Federal Reserve pode ficar em uma posição difícil a longo prazo se a ameaça do vírus for passageira (Imagem: Reuters/Yuri Gripas)

Assim como o Federal Reserve cortou a taxa de juro, de forma inesperada, em 0,5 ponto percentual na última terça-feira (3) para 1%-1,25%, também pode fazer o mesmo para reverter esta medida após o final da crise causada pela epidemia do coronavírus.

“Esperamos mais cortes no curto prazo, mas, além disso, esses cortes se transformarão em subidas rápidas se uma contração econômica prolongada não tiver sido desencadeada pela crise do vírus”, ressalta o Credit Suisse em um relatório assinado pelos economistas James Sweeney, Jeremy Schwartz e Xiao Cui.

Eles explicam que a flexibilização monetária sob condições de inflação próxima da meta, desemprego de 3,5% e aceleração dos dados do setor imobiliário colocam o Fed em uma posição difícil a longo prazo se a ameaça do vírus for passageira.

“Cortes preemptivos nas taxas podem ajudar a impedir a forte queda do mercado, mas a munição para cortes adicionais nas taxas é limitada”, ponderam os economistas.

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Impacto

Segundo o documento, os cortes de 125 pontos-base acumulados em 12 meses devem incentivar um boom no refinanciamento das hipotecas imobiliárias nos EUA. “Além do impacto nos preços financeiros, esse é o principal canal de estímulo econômico”, indica o banco.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
gustavo.kahil@moneytimes.com.br
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.