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Queda nas novas encomendas perde força e indústria do Brasil se aproxima de estabilização, mostra PMI

03 mar 2022, 10:05 - atualizado em 03 mar 2022, 10:05
Indústria
O PMI da indústria do Brasil subiu a 49,6 em fevereiro, de 47,8 em janeiro, aproximando-se da marca de 50, que separa crescimento de contração, mas no quarto mês seguido de deterioração das condições (Imagem: Pixabay/emkanicepic)

A atividade da indústria brasileira mostrou sinais de estabilização em fevereiro, embora tenha permanecido em território de contração, com um ritmo mais fraco de queda das novas encomendas e a confiança em máxima de oito meses, segundo dados da pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da IHS Markit.

O PMI da indústria do Brasil subiu a 49,6 em fevereiro, de 47,8 em janeiro, aproximando-se da marca de 50, que separa crescimento de contração, mas no quarto mês seguido de deterioração das condições.

As novas encomendas registraram o quinto mês seguido de redução, porém o ritmo de queda em fevereiro foi o mais fraco desde outubro, com um retorno ao crescimento dos pedidos de exportação.

Em linha com essa tendência, as empresas destacaram alguns sinais de melhora na demanda, e a produção se aproximou da estabilização, embora ainda tenha permanecido em território de contração.

Os sinais de demanda mais firme levaram algumas empresas a contratar funcionários no mês passado. No geral, o emprego na indústria registrou apenas ligeiro declínio, e onde ocorreu a queda foi atribuída a questões de custos.

Houve ainda em fevereiro, segundo o PMI, sinais de normalização nas cadeias de oferta, embora os prazos de entrega dos fornecedores tenham se alongado.

As pressões inflacionárias, por sua vez, continuaram a dar sinais de alívio, com o custo de insumos diminuindo pelo terceiro mês seguido, para o nível mais fraco desde maio de 2020. Ainda assim, os preços mais altos de energia e de matérias-primas, bem como a fraqueza cambial, continuaram pesando.

Já a confiança em relação aos próximos meses se fortaleceu pelo quarto mês seguido e chegou ao patamar mais elevado desde junho do ano passado.

Cerca de três quartos dos entrevistados projetaram aumento na produção, o que eles associaram a um crescimento esperado nas novas encomendas, lançamentos de novos produtos e expansões das fábricas.