Queda das ações do Banco do Brasil é oportunidade de compra, dizem analistas
O anúncio de que o Tesouro Nacional pretende se desfazer das ações que possui no Banco do Brasil por meio do Fundo Soberano – 3,67% do total do capital do banco (R$ 3,4 bilhões) em até dois anos – pressionou os ativos nesta segunda-feira (8) na Bolsa. Ao final da sessão, os papéis haviam caído 2,51% para R$ 32,28.
Veja outras recomendações de ações
Isso acontece porque a “desova” de ações na Bolsa irá aumentar o montante em circulação no mercado de 42,8% para 46,5%, o que eleva a disponibilidade da oferta. O Credit Suisse avalia que o montante seja o equivalente a 15,3 dias de negócios no mercado. Já o Citi estima o movimento de 12 dias de negociação.
Apesar de a notícia ser vista como potencialmente desfavorável, os analistas mantêm uma visão positiva para as ações do banco.
“Embora este tipo de notícia costume impactar negativamente o preço das ações (proximidade de pressão vendedora nunca é bem visto), tal efeito normalmente é técnico e passageiro, o que sugere não ser suficiente para mudar a trajetória original da ação (no caso de BBAS3, trajetória primária de alta)”, aponta o analista Henrique Navarro do Santander. O preço-alvo estimado por ele é de R$ 37.
Jorg Friedemann, do Citi, vê a fraqueza na ação “como um ponto de entrada” e reitera a recomendação de compra, com um preço-alvo de R$ 39.
“Apesar da notícia marginalmente negativa, continuamos construtivos no Banco do Brasil, dada a atraente valorização e bom impulso de lucros, em conjunto com a trajetória de melhoria da rentabilidade”, explicam os analistas do Credit Suisse Marcelo Telles, Lucas Lopes e Alonso Garcia. A recomendação outperform (compra) foi reforçada, com preço-alvo de R$ 39.