Queda das ações da Vale é oportunidade, apontam analistas
A queda de aproximadamente 10% das ações da Vale (VALE5) em abril é uma oportunidade de compra, avaliam os analistas do Itaú BBA e Citi em relatórios enviados a clientes nesta terça-feira (18). Quando olhamos para dois meses, a baixa dos papéis da mineradora é ainda mais expressiva e chega a 27%.
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“No mesmo período, o preço do minério de ferro caiu em torno de 32% com base no fechamento de ontem de US$ 64,25 por tonelada de acordo com SBB (Steel Business Briefing). Com essa queda do preço do minério, a commodity está negociando em linha com nossas estimativas para o ano que é de US$ 70,00 por tonelada na média em 2017”, ressalta o time de estratégia do Itaú BBA.
Os analistas Lucas Tambellini, Fabio Perina, Tiago Binsfeld e Eduardo Marzbanian, indicam a compra das ações com o preço-alvo de R$ 40,00, o que implica em um potencial de alta de 56%. “A Vale está negociando a múltiplos atrativos. O EV/EBITDA (valor de mercado/Ebitda) para 2018 negocia a 3,8x que entendemos ser atraente”, ressaltam. A sugestão de compra vale até o nível dos R$ 25,50, ressaltam.
Volumes maiores
O analista Alexander Hacking do Citi ressalta a forte geração de caixa livre da Vale, que chega a 10% com o minério a US$ 50 a tonelada, 15% a US$ 60 e 20% a US$ 70. “Adicionalmente, a companhia deve apresentar um forte crescimento de volume compensando parcialmente menores preços”, explica.
O banco revisou para cima a média do preço do minério de ferro em 2017 de US$ 65 a US$ 70 e de US$ 48 para US$ 53 a tonelada para 2018.
“Mantemos nossa visão pessimista para o minério de ferro para o longo prazo e reiteramos os riscos para o segundo semestre de 2017, particularmente por conta da desaceleração do crescimento das siderúrgicas chinesas, reativação de mineradoras chinesas de ampla escala, e maior crescimento de oferta indiana por conta do fim das tarifas para minério com teor de ferro mais baixo”, conclui Hacking.